A evolução renovável no gráfico da matriz energética brasileira

Ecom
  • 16/12/2022
  • 5 min de leitura

Matriz energética é o conjunto de fontes de energia, reunidas em um gráfico, utilizadas por uma organização, seja ela uma empresa, estado ou país. É a partir dela que necessidades básicas do cotidiano são supridas, como a iluminação, o calor para a preparação de alimentos e o combustível para o transporte. 

A matriz energética mundial é constituída principalmente por duas fontes: o petróleo e seus derivados (29,5%) e o carvão mineral (26,8%). Isto é, fontes não renováveis. Esses são dados de 2020, divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

O Brasil não se distancia do uso de petróleo (34,4%) – emitindo em 2021, aproximadamente 10,7 bilhões de toneladas de CO2. No entanto, comparado ao resto do mundo, se destaca na utilização de fontes renováveis.  Mas essa nem sempre foi a realidade. 

Mesmo tendo muito a percorrer, devido ao período de transição energética vigente, acompanhe a seguir como o Brasil tem evoluído no aspecto renovável até a atualidade. 

Brasil lado a lado com a energia limpa

A EPE mostra que, comparando o consumo de energia proveniente de fontes renováveis no Brasil com o mundo, a diferença é notória. Até o presente momento, a energia verde abrange 44,7% do gráfico da matriz energética brasileira, enquanto o mundo acumula apenas 15%. 

Uma vez que as fontes não renováveis contribuem para a emissão de gases do efeito estufa, o Brasil possui grande potencial para reduzir significativamente sua pegada de carbono – medida que calcula a emissão total de gases de efeito estufa de uma atividade, empresa ou país. E também, reduzir a pegada mundial, a partir da abundância de recursos para a produção de hidrogênio verde – como citado na COP27, realizada no Egito em novembro de 2022. No entanto, para chegar nesse estágio, a corrida pelas energias renováveis começou nos anos 70. 

A força das hidrelétricas, que abrangia 24% da matriz energética em 1969, cresceu para 40% até 1985. Esta é a fonte mais utilizada até hoje, contribuindo massivamente para a virada renovável na matriz brasileira. A década de 70 trouxe ao mundo algumas das maiores usinas hidrelétricas até o momento: Itaipu e Tucuruí. Além do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso. 

O biocombustível, até então zerado no gráfico da matriz energética brasileira, apareceu em 1990 e avançou em 5% no quadro geral. Mais à frente, em 2015, a energia eólica também saiu do zero. Veja essa evolução se acelerando, clicando aqui. 

No Balanço Energético Nacional de 2022, a Oferta Interna de Energia (OIE) – que mensura a energia necessária para movimentar a economia de um país em determinado período – apresenta a seguinte divisão:

Balanço Energético Nacional (BEN) – 2022

O potencial solar na matriz energética brasileira

A publicação da Lei 14.300, em 06 de janeiro de 2022, conhecida como Marco Legal da Geração Distribuída (GD), foi amplamente comemorada pelo mercado. A partir dela, o consumidor pôde optar por investir em micro ou minigeração de energia – ou seja, uma central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW. E ainda garantir mais segurança e previsibilidade sobre o retorno do seu investimento em Geração Distribuída no Brasil. 

O resultado dessa ação é demonstrado no boletim mensal de setembro de 2022. O Ministério de Minas e Energia (MME) ressaltou o desenvolvimento da GD solar, bem como da energia solar. A nota comunica que a GD cresceu “mais de 80% em 2022, em relação à 2021”. Esse percentual equivale a um “crescimento de mais de 7 GW, podendo alcançar no final do ano 16 GW.” Já a “capacidade instalada de solar centralizada (não GD) também cresce forte, aumentando mais de 50% no ano, podendo alcançar mais de 7GW” até o final de 2022. 

O potencial renovável do país é grande e há um caminho a ser percorrido para diminuir as atuais emissões de CO2. Por isso, para continuar melhorando o cenário verde, é preciso que as empresas deem preferência pelas fontes renováveis. Pois, segundo a EPE, os setores industrial e comercial reúnem 13,2% do total de consumo energético no país – contrapondo 1,09% da classe residencial. Veja como sua empresa pode incentivar a continuidade da transição energética a seguir.

Utilizando energia renovável em sua empresa

É possível escolher com qual energia renovável produzir por meio da migração para o Mercado Livre de Energia. Seja energia eólica, solar, por biomassa, entre outras. Em seguida, você pode emitir International Renewable Energy Certificate (I-RECs), certificados globais que comprovam o uso de energia limpa. 

Essa declaração é uma forma de rastrear a energia renovável do ponto de geração até o consumidor final. Assim, a empresa pode divulgar aos seus clientes e fornecedores o compromisso que tem com a sustentabilidade. Cada certificado é a prova de que 1 megawatt-hora foi injetado no Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir de uma fonte de geração de energia renovável. 

O planeta precisa de mais iniciativas ecológicas para conter o aquecimento global. Por isso, sua empresa pode investir nesses certificados. Assim, além de contribuir para o desenvolvimento de matrizes energéticas limpas, a empresa viabilizará o cumprimento de metas sustentáveis.

Reduza a pegada de carbono de sua empresa a partir do Certificado de Energia Renovável. Se você possui interesse, podemos falar com você. Para isso, preencha o formulário abaixo:

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