Cenário desafiador impulsiona setor de varejo no mercado livre de energia por competitividade

Márcio Sant’Anna
  • 16/04/2021
  • 5 min de leitura

Há pouco mais de um ano enfrentávamos o início do que seria a maior crise sanitária mundial da nossa época, de acordo com a OMS. Diversos reflexos significativos na economia de países em todos os continentes foram vistos. Agora, vemos o quadro da pandemia agravado. No Brasil está ainda mais forte, afetando novamente o cenário e, inclusive, as perspectivas de recuperação que tínhamos para o segundo semestre no país.

Mesmo com esse panorama desafiador, o mercado livre de energia se encontra firme em sua agenda de avanços. Além disso, está  atento e pronto para ajudar as empresas que têm buscado soluções de equilíbrio, principalmente financeiro, em suas estratégias de gestão.

Já vimos neste início de 2021 a chegada do PLD Horário, os derivativos de energia se tornando realidade, a aprovação da nova lei do gás, que marca a tentativa de virada do setor, e a abertura integral do mercado livre de energia, considerada uma das grandes oportunidades de crescimento para comercializadores, geradores e, claro, para consumidores, os maiores beneficiados com esse avanço.

Ou seja, as possibilidades são muitas no setor energético. Dessa forma, seguimos trabalhando para dar todo suporte necessário para o mercado e, assim, superar esse momento para caminharmos junto com ele na recuperação. Empresas de diversos setores sentiram o impacto. Muitas  já entenderam que o mais importante é rever sua estrutura de custos agora para, logo mais, retomar o ritmo de crescimento de forma sustentável.

Setor de varejo, um dos mais afetados na pandemia

O impacto da pandemia da Covid-19 é bem diferente nos setores de varejo. No entanto, de modo geral, é quase impossível não perceber como o ramo está abalado. Recente estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o segmento perdeu 75,2 mil pontos de venda em 2020. Fora isso, a retração de 1,5% nas vendas do varejo ampliado no ano passado. Ela conta com veículos e materiais de construção. Além disso, o grande fechamento líquido de lojas físicas resultou na perda de 25,7 mil postos formais de trabalho, apontou o levantamento com base nos dados do Caged.

Já o comércio supermercadista, que contribuiu para manter o giro de dinheiro na economia, e tem perspectiva de resultado mais otimista para este ano, tem enfrentado um período de adversidade com restrições mais severas e lockdowns em diversas cidades do país, sendo que, em muitas, a ordem foi baixar as portas e atender, do dia para a noite, a uma alta demanda por delivery. Isso está impactando imediatamente seus resultados, já que as redes não têm estrutura suficiente para trabalhar somente com entregas.

Mercado livre de energia pode ajudar recuperar competitividade do varejo

Nesse momento, as empresas do setor de varejo têm que estar muito atentas às suas linhas de custo para driblar todos esses desafios que estão batendo na porta. Uma delas é a energia elétrica. Ela pode fazer diferença na gestão dos seus negócios em meio a um cenário muito sensível como o do momento. Trata-se de um insumo que sempre se enquadra entre os três maiores custos de operação das empresas e, após a migração, as possibilidades de redução podem superar 30%.

O mercado livre há muito tempo deixou de ser uma opção para o dono de negócio que busca melhoria de sua competitividade. Virou uma obrigatoriedade de gestão. A diferença nessa conquista por competividade nas empresas, dentro da matriz energética que ela opera, por exemplo, é trazer a inteligência da mesa de comercialização para que se tenham ganhos adicionais ou reduções adicionais de economia na linha de energia elétrica.

Gestão de Geração Distribuída para varejistas

No setor de varejo, por exemplo, lojas que não são aquelas conhecidas como potencialmente livres e que não estão elegíveis para o ACL podem se beneficiar da modalidade, que nada mais é do que a produção de energia no próprio local do consumo. Por exemplo, podem utilizar a instalação de placas solares no telhado do estabelecimento. Também podem se beneficiar a partir da geração compartilhada, construída na mesma área de atendimento da distribuidora local onde essa energia é utilizada.

Entre as principais vantagens, destacamos baixo impacto ambiental, alívio de carga nas redes próximas ao consumo, minimização das perdas elétricas e a diversificação da matriz energética, já que a qualificação das usinas é somente de fontes renováveis como solar e eólica, por exemplo. A economia na conta de luz pode chegar a 25%.

O ponto mais interessante é que o consumidor tem a opção de acumular créditos. A compensação pode vir na fatura de energia em meses futuros. Também em até 60 meses após a geração, quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período.

Em resumo, o varejista encontra no mercado livre de energia possibilidades para obter uma gestão mais eficiente dos custos de eletricidade. Tem liberdade para escolher livremente os fornecedores de energia elétrica e negociar volume, preço, prazo e indexação nos seus contratos de compra de energia. E nós estamos aqui para ajudá-lo a pavimentar essa estrada rumo à competitividade.

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