Cooperativas no Brasil: como melhorar a gestão de custos com energia elétrica

Ecom
  • 05/08/2022
  • 6 min de leitura

Esse modelo de negócio possui 7 princípios definidos e marca presença em 2,6 milhões de organizações mundiais: o cooperativismo. Os ramos são diversos, mas os que se destacam nas cooperativas no Brasil, são sete: agropecuário; consumo; crédito; infraestrutura; saúde; trabalho, produção de bens e serviços; e transporte.

Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a energia elétrica é sinônimo de produção, geração de emprego e qualidade de vida, um fator determinante para a competitividade das cooperativas. A instituição cita: “Fazer a correta gestão [da energia] (…) pode ser determinante para o sucesso dos empreendimentos cooperativos e para o bem-estar de nossos cooperados.”

Porém, assim como demais setores sofrem com as bandeiras tarifárias e o aumento do custo de energia, o mesmo ocorre com as empresas cooperativas no Brasil. Por isso, confira a seguir alternativas para reduzir os custos com energia elétrica, e descubra também como as cooperativas podem migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Alternativas para reduzir custos com energia em cooperativas no Brasil

1) Consumo consciente

Uma das opções de consumo inteligente, e de simples aplicação é a substituição das lâmpadas convencionais pelas de LED. Esse tipo de lâmpada possui um ótimo custo-benefício, pois além de auxiliar na redução do consumo de eletricidade, é barata.

Algumas das vantagens do uso da lâmpada de LED são a segurança e a vida útil longa, pois sua durabilidade é de 50 mil horas em média. Essa quantidade de tempo se aproxima a 4 anos de uso ininterrupto, ou seja, 24 horas por dia. Podendo chegar a 17 anos, se ligada 8 horas por dia, ou então 45 anos, quando utilizada durante 3 horas por dia.

Outras medidas possíveis para que as cooperativas no Brasil consumam de maneira consciente, são campanhas de conscientização aos funcionários, a instalação de sensores de presença, além de busca por demais equipamentos modernos, comprovados pelo selo de eficiência energética.

2) Autoprodução de energia elétrica

O 7º princípio do cooperativismo é o interesse pela comunidade, visando contribuir para seu desenvolvimento sustentável. Seja para as cooperativas no Brasil ou ao redor do mundo, investir em políticas que preservem recursos e os utilizem de forma proveitosa, faz todo o sentido.

Por isso, a autoprodução de energia elétrica combina muito com as cooperativas. Essa autoprodução pode ser implementada através da compra ou construção de usinas de biomassa, ou então, através da instalação de painéis solares. Uma solução como essa pode ser um “diferencial para a competitividade e imagem dos negócios cooperativos de todos os ramos”, diz a OCB.

Utilizando as usinas de biomassa, a empresa pode tomar proveito de itens que seriam jogados fora e assim, suprir seu próprio consumo de energia. Essa ação pode ser feita por meio de matérias-primas, como madeira, produtos agrícolas, dejetos orgânicos, vegetais, frutas, entre outros.

Já o sistema de captação de energia solar é benéfico, pois é totalmente limpo, ganhando pontos não somente pela sustentabilidade, mas pelo baixo custo de manutenção.

3) Migração para o Mercado Livre de Energia

No entanto, se a redução do nível de consumo ainda for difícil, é possível através do mercado livre de energia, manter esse padrão e gastar menos.

Um gráfico presente na cartilha “Gestão de Custos de Energia em sua Cooperativa”, da OCB, apontou que a migração do Ambiente de Contratação Regulada para o Ambiente de Contratação Livre é extremamente favorável. O estudo foi feito com o apoio da DGRV, a Confederação Alemã das Cooperativas. Veja a seguir:

Comparando os valores de energia no ACR com os reajustes da distribuidora versus os preços totais no ACL, o custo-benefício é notório. Pois, de acordo com o estudo “a ‘Cooperativa B’ migrou para o mercado livre em abril de 2018 e entre junho de 2018 a maio de 2019 teve uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão no período.

A Organização expôs que isso representou 21,2% na redução do consumo de energia elétrica da cooperativa em questão. Essa diminuição pode ser atribuída a uma série de benefícios do mercado livre, como a negociação de valores e condições contratuais, a isenção das bandeiras tarifárias e a escolha pelo fornecedor de energia.

Além desses pontos, no mercado livre, a cooperativa passa a ter maior previsibilidade orçamentária e assim, potencializar a competitividade do negócio.

Como as cooperativas no Brasil podem migrar para o ACL

Classificamos os consumidores habilitados a migrar do sistema regulado para o livre, em dois tipos: os consumidores livres e os consumidores especiais.

Consumidores livres se categorizam como empresas que possuem, no mínimo, 1.000 kW de demanda contratada, em qualquer nível de tensão. Estes podem contratar energia proveniente de qualquer fonte de geração.

Consumidores especiais, por sua vez, se categorizam como empresas que possuem demanda contratada igual ou maior que 500 kW e menor que 1.000 kW. Estes podem contratar energia proveniente exclusivamente de fontes incentivadas, como usinas eólicas, solares, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Ou então, de fontes especiais de energia, como a hidráulica de empreendimentos com potência inferior ou igual a 50.000 kW.

No entanto, se a sua empresa não alcançar a quantidade de kW necessários para a migração é importante frisar que, a comunhão de cargas é uma possibilidade. Veja como ela funciona, a seguir:

Assim cooperativas vizinhas, ou de um mesmo grupo econômico podem somar suas demandas para chegar à carga mínima.

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