A busca por redução de custo da energia elétrica no Brasil tem sido cada vez maior entre as empresas. Afinal, em tempos de crise hídrica e inflação alta, as tarifas seguem em ascensão no País.
Além disso, a Aneel também sugeriu acréscimos para duas bandeiras tarifárias, que devem entrar em vigor ainda este ano. Nesse sentido, a bandeira amarela passaria a ter um adicional de R$ 2,927 para cada 100 quilowatts-hora (kWh), um aumento de 56% na taxa atual de R$ 1,874. Enquanto a bandeira vermelha 1 passaria a adicionar R$ 6,237 para cada 100 kWh na conta de luz, um aumento de 57% nos atuais R$ 3,971. Embora a Agência preveja que nenhuma bandeira seja acionada até o final de 2022, como essa ação depende das condições climáticas, não se pode afirmar com toda a certeza.
Em outras palavras, sempre que houver um período muito seco, como o caso da crise hídrica que vivenciamos no ano passado, haverá acréscimo nas faturas de energia elétrica devido ao acionamento de mecanismos compensatórios.
No entanto, existe uma alternativa para diminuir os custos com consumo de energia elétrica, que figuram entre as três maiores despesas empresariais: migrar para o mercado livre de energia. Em pouco mais de três anos esse mercado aumentou 150% o número de conexões. Continue a leitura para entender por que a migração tem sido, cada vez mais, entendida como estratégia fundamental para empresas no Brasil.
Como é composto o custo da energia elétrica no Brasil
Antes de mais nada, precisamos entender como é composto o custo da energia elétrica no Brasil. Em resumo, o real preço da energia, enquanto insumo, compõe, em média, 38% da conta de luz dos consumidores brasileiros. O restante da fatura, conforme observa-se no infográfico abaixo, é composta por encargos, perdas e custos com distribuição e transmissão, os quais são repassados ao Governo e às concessionárias ou permissionárias que prestam serviço de transporte da energia elétrica até as unidades consumidoras.

Quais são as vantagens do mercado livre de energia?
Quando falamos sobre a economia proporcionada pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), ou mercado livre de energia, quando comparado ao Ambiente de Contratação Regulado (ACR), ou mercado cativo, nos referimos à possibilidade de negociar o preço do insumo, bem como outras condições contratuais.
Ou seja, quando o consumidor opta por migrar ao mercado livre, ele pode escolher de qual fornecedor deseja comprar energia elétrica. Dessa forma, em um ambiente com maior concorrência, é possível negociar melhores condições que atendam ao planejamento financeiro e ao operacional de cada empresa.
Em outras palavras, isso é feito de forma semelhante à que já contratamos serviços de telecomunicações, por exemplo, como internet, telefone ou TV. A partir de contratos, com condições pré-acordadas entre a fornecedora e o cliente, cobram-se valores fixos referentes aos serviços contratados naquele período.
Uma vez que no mercado livre de energia não se aplicam as bandeiras tarifárias, os custos referentes à aquisição da energia elétrica não sofrerão essas oscilações. Ou seja, seguirão sempre as diretrizes do contrato vigente com o fornecedor. Com isso, o consumidor consegue ter melhor previsão dos gastos na empresa.
Além da fatura referente à compra da energia elétrica, que passa a ser paga ao fornecedor escolhido, o consumidor livre também precisa pagar uma fatura à distribuidora. Nessa conta serão inclusos os custos com o transporte da eletricidade, ou seja, uma espécie de aluguel que se paga para utilizar a rede elétrica. Afinal, a distribuidora precisa repassar os custos com impostos e serviços, como manutenção nos fios, por exemplo.
Quanto posso economizar em custos com energia elétrica no ACL?
No mercado livre de energia, os contratos costumam ter duração de aproximadamente cinco anos. Mas nada impede de haver contratos mais ou menos extensos. Tudo depende da negociação entre as duas partes. De qualquer forma, esse modelo de contratação proporciona redução na ordem de 20% em custos com energia. E esse número pode ser ainda mais expressivo. A rede de supermercados Pastorinho, por exemplo, já migrou seis de suas sete lojas para o ACL. Com isso, só nos últimos seis meses, a rede conquistou uma economia mensal de 47% nos custos com o insumo.
A evolução do mercado livre de energia
Por fim, é importante observar a evolução do Ambiente de Contratação Livre. Enquanto lá em seus primórdios, em 2004, o ACL contava com apenas 34 consumidores associados à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão que regulamenta o mercado livre de energia, 2021 fechou com 9.930 consumidores livres. Um crescimento extremamente expressivo em apenas 18 anos.

Além disso, em apenas quatro meses, o ano de 2022 já somou mais 165 novas adesões. Isso indica que as empresas aptas a migrar que ainda não tomaram essa atitude, estão correndo atrás dessa oportunidade.
Atualmente, 87% do consumo industrial e comercial de energia do Brasil já está no mercado livre. Esse montante representa 34% do total da energia elétrica consumida no país.
Em conclusão, 10.095 empresas já estão no mercado livre de energia, mas ainda existem mais de 15 mil CNPJs aptos a migrar. Inclusive, o seu pode ser um deles! Então, se a conta de luz da sua empresa gira em torno de R$ 30 mil por mês, você pode estar perdendo a oportunidade de aproveitar os benefícios do ACL.
Entenda melhor sobre a dinâmica do ambiente de contratação livre, suas vantagens, quem pode migrar e como funciona o processo de migração. Assista ao nosso webinar e saiba por que este é o momento ideal para migrar!