Eletromobilidade e sua contribuição ao desenvolvimento sustentável

Ecom
  • 30/03/2023
  • 5 min de leitura

Eletromobilidade, o modelo de transporte movido a motores elétricos abastecidos energeticamente. Indo dos veículos coletivos – como ônibus híbridos, elétricos a bateria e trólebus  – aos individuais – como os carros, essa é uma das tendências do mercado elétrico.

Segundo a pesquisa de 2019, “Análise das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa e suas implicações para as metas de clima do Brasil”, o setor energético foi o segundo maior emissor de CO2 do país, abrangendo 21%. A principal fonte desse fato? Os transportes.

Por isso, a seguir, veja como a eletromobilidade tem avançado no Brasil e como ela pode contribuir, tanto na descarbonização como no setor de energia.

Veículos elétricos no Brasil

A história brasileira com eletrificados leves – automóveis e comerciais – vem desde 2012. De lá para cá mais de 130 mil veículos a base de energia estão em circulação. Janeiro de 2023, em especial, apresentou um crescimento histórico. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), nesse período foram contabilizadas 4.503 novas unidades de veículos leves eletrificados. Isso representa 76% a mais em relação a jan/22 (2.558), e 241% (1.321), em relação a jan/21.

A movimentação do mercado não evidencia só o crescimento do setor, como também a preferência por um modelo específico: o plug-in. Esse é o nome do veículo recarregável por eletropostos ou outras fontes externas de energia. Eles podem ser híbridos (PHEV) ou 100% elétricos (BEV).

Em 2022, as montadoras responsáveis pela maior quantidade de vendas dos plug-in (PHEV e BEV) no Brasil foram BMW, CAOA Chery e Volvo. Para se ter ideia, nesse mesmo ano, os veículos 100% elétricos atingiram a participação recorde de 17% (8.458, sobre 49.245), mais que o dobro do ano anterior.

Políticas públicas pela eletromobilidade

Em 2022, a WRI Brasil junto do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) elaboraram o “Guia de Eletromobilidade: Orientações para estruturação de projetos no transporte coletivo por ônibus”. Através de sete casos de cidades que obtiveram sucesso com a transição, a eletromobilidade é posta como uma oportunidade de desenvolvimento econômico e inovação da indústria.

Entre as formas de adoção da eletromobilidade, o guia destaca dois caminhos: por meio de contratos de concessão ou por meio de projetos específicos. Assim, as cidades estabelecem metas para a substituição de toda a frota, ou parte dela, e iniciam a inserção de veículos mais limpos. No entanto, para realizar essa manobra é preciso planejamento e colaboração entre diversos atores, como:

  • Secretaria de mobilidade ou transporte
  • Secretaria de saúde
  • Secretaria do meio ambiente
  • Secretaria da Fazenda
  • Universidades e centros de pesquisas locais
  • Instituições do terceiro setor
  • Imprensa
  • Instituições financeiras
  • Fabricantes de tecnologia
  • Empresas de energia
  • Clientes do sistema de transporte
  • Órgão de controle
  • Sindicatos e empresas operadoras do sistema de transporte
  • Outros

Nesse sentido, em janeiro de 2023, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram o Plano Decenal de Expansão de Energia 2032. Nele, são expostas projeções de eletrificação para o transporte público e para caminhões. Essa transição deve avançar em nichos, devido a restrições ambientais e pressões ESG sobre as empresas.

O caderno também lista as barreiras à entrada de veículos elétricos no Brasil. A principal delas é o alto investimento, seja para adquirir veículos, baterias ou fornecer a infraestrutura e tecnologia necessária para os postos de recarga e eletropostos. Isso, consequentemente, afetaria nas tarifas públicas.

Contribuindo para o desenvolvimento sustentável

Pensando no movimento de combate às mudanças climáticas, o transporte por meio de veículos elétricos pode ajudar, pois possui baixo carbono. Dessa forma, as emissões de CO2 e o barulho ligados ao dia a dia urbano reduzem consideravelmente, o que contribui para a saúde respiratória da população e para a qualidade sonora e do ar.

O Guia de Eletromobilidade ainda cita: “Mais eficientes em comparação com os ônibus de combustão interna, os ônibus elétricos ainda têm a vantagem de não depender do petróleo, estando menos suscetíveis a variações de preços no mercado de combustíveis e a instabilidades na sua produção e distribuição. Além disso, a geração de energia elétrica no Brasil é predominantemente de matriz renovável, o que representa mais uma vantagem da eletromobilidade.”

O assunto também está relacionado à promoção das cidades inteligentes, ou seja, conscientes, sustentáveis e conectadas. Isso é extremamente positivo, porque auxilia na renovação do sistema de transporte, bem como no aumento do conforto dos passageiros, trazendo uma nova imagem e experiência dentro dos coletivos.

Movimentando o setor elétrico

Ainda a eletromobilidade pode fomentar as empresas de energia, principalmente por meio da comercialização e de projetos elétricos para carregadores e eletropostos. Além disso, a venda e instalação de equipamentos e a Geração Distribuída (GD), com ênfase na energia solar, também são levantadas como oportunidade de negócio.

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