Na última quarta-feira, 25 de maio, foi comemorado o Dia da Indústria. Por isso, decidimos redigir este artigo contando como os setores de indústria e energia podem caminhar juntos para impulsionar a economia e preservar o meio ambiente. Quer saber mais? Então, continue a leitura!
O setor industrial no Brasil
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o setor industrial é responsável por empregar mais de nove milhões de brasileiros. Esse número representa 20,4% dos empregos formais no país. Além disso, o portal também revela que cada R$1,00 produzido na indústria gera R$2,40 para a economia do Brasil. Enquanto na agricultura e no comércio, por exemplo, cada real de produção gera R$1,66 e R$1,49 na economia, respectivamente. Portanto, o desenvolvimento de atividades industriais é um dos grandes marcos do crescimento econômico no país.
No entanto, assim como outros setores, a indústria também sofreu impactos da pandemia de Covid-19. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma brusca queda na produção industrial geral no mês de abril de 2020. A redução chegou a quase 28% em relação ao mês anterior.
Apesar de já haver sinais de recuperação, muitos desses reflexos da crise são sentidos ainda hoje pelo segmento, como aumento do custo de produção e escassez de algumas matérias-primas. Além disso, do lado da demanda, a inflação pressionada reduz o poder de compra das famílias. Com isso, as indústrias precisam buscar meios de reduzir os custos de produção a fim de repassar menores reajustes para o consumidor e manter a competitividade.
Indústria e energia: economia sustentável
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a indústria brasileira responde por mais de 30% do consumo final de energia no país. Entende-se pro energia qualquer tipo de combustível, incluindo a energia elétrica. Além disso, aproximadamente 35% da eletricidade consumida no Brasil é industrial.
Tendo em vista que a conta de luz figura entre os três maiores custos de diversas empresas no nosso país, reduzir diminuir a fatura de anergia elétrica é uma ação fundamental para que o setor industrial consiga reduzir seus custos de produção, atualmente em alta.
Outro fator muito importante que relaciona os setores de indústria e energia é a preservação do meio ambiente. De acordo com o roadmap para um futuro livre de carbono, sugerido pelo Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas (UNEP), dentre os seis setores mapeados, o de energia é o que apresenta maior potencial para redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). O objetivo do programa é propor soluções para limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2°C, visando 1,5°C, conforme prometido no Acordo de Paris. Para isso, os países devem cortar 30 gigatoneladas de emissões de GEE anualmente até 2030.
Nesse sentido, além de beneficiar a economia, o setor industrial, quando aliado à uma gestão energética eficiente, também pode contribuir para preservar o meio ambiente.
Benefícios do mercado livre de energia para a Indústria
As indústrias podem explorar diversas oportunidades no mercado livre de energia para impulsionar a economia do país, bem como promover economia e rentabilidade da companhia, de forma sustentável (duradoura) e reduzindo impactos ambientais. Não é à toa que 88% do consumo industrial de energia elétrica no Brasil já está no Ambiente de Contratação Livre (ACL), segundo boletim da Abraceel.
Além de redução de até 40% na conta de luz, o mercado livre de energia também proporciona flexibilidade de contratação e previsibilidade orçamentária. Ainda no sentido financeiro, consumidores livres podem obter rentabilidade extra no ACL através de operações estruturadas, como contratação sazonal, swap entre fontes, etc.
Já do ponto de vista ambiental, no ACL o consumidor pode escolher a fonte da energia que será consumida pela companhia. Dessa forma, pode-se optar pela contratação de fontes limpas e contribuir para a redução das emissões de GEE. Pode-se comprovar essa prática, inclusive, a partir da emissão de certificados de energia renovável (I-RECs), que atestam a origem limpa da energia elétrica consumida pela unidade.
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