Busca por economia e competitividade estimula migração para o mercado livre de energia

Rafael Valim
  • 16/07/2021
  • 3 min de leitura

Em um momento de tantas incertezas econômicas, incluindo ainda um cenário de alta das tarifas de energia elétrica previsto para este ano e risco de crise hídrica na pauta do dia, a migração para o mercado livre de energia se tornou ainda mais atraente para empresas de todos os setores que buscam economia e ganho de competitividade.

Recentemente houve um aumento de 52,1% no valor aplicável da bandeira tarifária patamar 2, custo somente para os consumidores do mercado cativo. O movimento de migração para o mercado livre de energia também é impulsionado pelo entendimento de que o ambiente livre de contratação de energia oferece oportunidades de economia, inclusive, por meio da contratação de energia de fontes renováveis.

Os números preliminares mostram que o crescimento na adesão ao mercado livre é mais do que uma tendência. Trata-se de uma tomada de decisão de negócios importante para as empresas. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE),  o volume mensal de migrações em 2021 já é o segundo maior da história (149), atrás do recorde de 2016 (192).

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Mercado livre de energia traz vantagens como liberdade de contratação e escolha por tipo de fonte energética

Economia e previsibilidade orçamentária são as principais razões que têm atraído cada vez mais empresas para o ambiente de contratação livre de energia (ACL). No ACL, o consumidor pode negociar contratos de energia de acordo com as necessidades e especificidades da sua operação e negócio. Com o objetivo de dar eficiência nessa tomada de decisão e, ainda, com previsibilidade de gastos, é possível negociar volumes, prazos, reajustes, flexibilidades e preços.

Neste segmento, as empresas negociam o preço da energia para todo o período de contrato. Dessa forma, o consumidor não fica sujeito ao acréscimo de bandeiras tarifárias, que influenciam diretamente no preço de energia cobrado pelas distribuidoras. Há ainda a possibilidade de escolher o tipo de energia na aquisição. Por exemplo, de fontes renováveis como solar ou eólica, o que facilita a adequação das operações das empresas em questões ESG.

Mais do que economizar, uma gestão estratégia também está de olho nas oportunidades do mercado livre de energia. Uma  delas é a busca por rentabilidade – ou seja, a possibilidade de se ganhar dinheiro com o mercado livre de energia. Isso pode ser feito por meio de operações como SWAP de fontes, SWAP temporal, SWAP entre submercados, por exemplo. Há também outras opções como otimização de demanda contratada e modalidade tarifária, que podem auxiliar a empresa a reduzir ainda mais os custos com energia. De forma geral, o consumidor do mercado livre é quem negocia e gerencia os preços de contratos de energia. Diferente do mercado cativo, onde não há margem de negociação em relação ao preço firmado pelas concessionárias e, em alguns casos, o valor pode ser até 40% superior ao da energia livre.

O caminho mais econômico

Tendo no horizonte um cenário para o setor energético mais complexo, conforme a análise dos principais especialistas que acompanham o setor, o mercado livre de energia continua visto como um caminho mais econômico para as empresas neste momento. Além disso, é também um importante vetor para aumentar o uso de energias renováveis no Brasil e no mundo.

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