Nesse primeiro episódio da série Tendências para o setor elétrico, abordamos a agenda ESG e a energia verde. Esses dois assuntos são drivers para esse setor, ou seja, fatores que podem mudar o curso desse ramo, trazendo mudanças. Por isso, conversamos com dois especialistas para entender como eles afetarão a indústria de energia elétrica.
O jornalista Roberto Rockmann conduz a conversa com Marcio Sant’Anna, sócio-diretor da Ecom Energia, autoridade quando o assunto é mercado livre de energia, e Camila Ramos, fundadora da Clean Energy Latin America (CELA).
Ah, temos uma novidade! Agora estamos disponíveis também no YouTube, no formato em vídeo. Como ficarão os investimentos do setor elétrico nos próximos anos? O hidrogênio verde ganhará espaço? Para responder a essas perguntas, assista a esse episódio a seguir:
Investimentos em energia renovável estão no topo da agenda corporativa. A tecnologia de eólicas e solares caiu de preço, enquanto cresceu o apelo ambiental de investir em uma fonte limpa com as empresas buscando reduzir sua pegada de carbono, por conta das metas do Acordo de Paris.
O caminho para a transição de matriz energética
O Brasil tem sido visto como potência descarbonizante, uma vez que as mudanças de matriz energética tem sido frequentes nas indústrias do nosso país. O que se mostra como um grande estímulo para essa transição são os consumidores finais, que se demonstram cada vez mais exigentes com a questão renovável e ecologicamente correta.
As energia eólica e solar são as soluções mais buscadas pelas empresas para gerar competitividade com demais marcas, diz Camila Ramos. A fundadora do CELA aponta, durante o episódio, que uma das maneiras para escolher valores mais baixos é acompanhando os leilões de energia.
Isso porque a competitividade é ressaltada como ponto chave para escolher a fonte de energia e fechar negócio com as empresas do setor elétrico.
Segundo Marcio Sant’Anna, os investimentos das grandes indústrias na atualidade estão direcionados a projetos de energia eólica, que possui maior rendimento de geração de energia. As empresas de médio a pequeno porte, por sua vez, optam mais pela energia solar.
Conscientização da cultura ESG para o setor elétrico
No entanto, apesar de evoluir no meio-ambiente, as indústrias ainda precisam incluir e viabilizar mudanças para a vida dos brasileiros. Sant’Anna diz: “A conscientização ligada a ESG ainda está muito concentrada na energia renovável, mas pouco concentrada no social”.
Na Ecom Energia, a maneira de deixar essa veia social palpável está na criação e participação de projetos, como o Condomínio Verde e a Energia do Saber, por exemplo. Ações como essa visam direcionar parte do faturamento para institutos que representam áreas carentes do desenvolvimento humano, como a educação e o saneamento básico.
Camila também destaca a diversidade nos conselhos das empresas do setor elétrico, porque a parte de governança do ESG também precisa de atenção.
O boom do hidrogênio verde no setor elétrico
Também é destacado nesse episódio o hidrogênio verde, que tem se demonstrado um mercado em potencial gigante para o setor elétrico. O combustível do futuro é versátil e tem atraído olhares por todo o globo, devido a ênfase na meta de descarbonização pelas empresas.
Camila indica que segundo estudos da Bloomberg, o Brasil tem todos os recursos para ser o país líder em hidrogênio verde e produzir o combustível mais barato no planeta, nessa categoria. Sendo essa extração de hidrogênio ainda mais competitiva que a cinza, obtida pela queima de combustíveis fósseis.
O hidrogênio verde tem o potencial de representar de 12 a 24% da demanda de energia do mundo.
CAMILA RAMOS
Certificados de Energia Renovável
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Qualquer empresa, dos mais variados setores da economia, pode adquirir o International Renewable Energy Certificate (I-REC) para comprovar o consumo por meio de energia limpa. Por isso, se sua organização deseja diminuir a pegada de carbono, fale conosco.
Além disso, continue acompanhando o Giro Energia, o seu podcast do setor energético.