COP27: o cenário para I-RECs e energia renovável

Ecom
  • 28/09/2022
  • 4 min de leitura

Hoje convidamos o diretor do Instituto Totum, Fernando Lopes para falar sobre a COP27 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022.

O evento se realizará no Egito, entre os dias 06 e 18 de novembro. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o foco principal será apresentar ao mundo o Brasil como grande fonte de energia verde.

Abordamos nesse podcast sobre o que a conferência vai definir e como ficará o cenário de energia renovável e de I-RECs, Certificados de Energia Renovável, pós-evento.

Confira a seguir:

O que esperar da COP27?

Fernando Lopes diz que até a COP26 cada país colocou metas para avançar na redução das emissões de dióxido de carbono. No entanto, ainda é preciso aguardar pela implementação dos métodos do Artigo 6º do Acordo de Paris, sobre o mercado global de carbono. Sendo assim, Lopes aponta, que para a COP27 espera que uma linha de governança seja traçada para esse mercado.

Para ele, ao criar mercados de carbono, em Glasgow definiu-se “o que” deve ser feito, mas o “como” ainda continua vago. Fenando Lopes descreveu o “como” em alguns pontos. Veja a seguir:

  • O que será crédito de carbono?
  • Quem definirá as regras quanto a esse crédito?
  • Terá apenas créditos de remoção? Ou de CO2 evitado também?
  • Quem calcula?
  • Quem mantém o registro?

Sem o Protocolo de Kyoto, Lopes ressalta que a definição dessas questões é fundamental para uma governança mais clara.

No entanto, um ponto de atenção que o diretor do Instituto Totum coloca é que a Europa, responsável por escrever essas regras, ainda tem utilizado muito de combustíveis fósseis para suprir sua demanda energética.

Hidrogênio verde e Certificados de Energia Renovável

O hidrogênio verde ainda é visto como uma tecnologia cara. Todavia, Fernando Lopes diz que ela ainda é mais barata que o gás – pondo esse fator como propulsor para acelerar os investimentos aqui no Brasil. “Os recursos naturais são suficientes para tocar isso”.

Em termos de certificação, o diretor diz que o Instituto Totum está trabalhando junto à I-REC Standard. Segundo ele, não faz sentido colocar padrões locais, pois em breve o hidrogênio verde poderá ser exportado.

Por isso, o Instituto está esperando até o final deste ano pela saída – de um rascunho – da certificação internacional de hidrogênio. Essa certificação tenderá as abandonar as cores – verde, azul, turquesa e cinza. Ou seja, será certificado o hidrogênio, descrito qual tecnologia e insumo foi utilizado, e principalmente qual foi a pegada de carbono.

Em suma, o cardápio será repleto de opções, de acordo com a necessidade do cliente.

O Brasil tende a fornecer um hidrogênio com uma das menores pegadas de carbono. Porque vai ser a partir de energias renováveis, e provavelmente a partir da água ou de biocombustíveis, que tem uma pegada de carbono muito baixa ou zero”.

Fernando Lopes

Ainda mais, Fernando menciona seu primeiro evento internacional no Brasil, que ocorrerá em dezembro.

Ouça e confira o episódio completo!

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