A intenção do governo de discutir incentivos para empresas deslocarem seu maior consumo do horário de ponta para outros períodos do dia, bem como a crise hídrica e a adoção do PLD Horário poderão impulsionar o armazenamento de energia elétrica. Nesse sentido, as comercializadoras estão de olho na inovação, alinhadas à estratégia de oferecer pacotes completos de serviços, já que o energy storage é um produto que poderá ser ofertado pelas comercializadoras, as quais estão buscando ampliar o pacote de soluções aos seus clientes.
Portanto, esse é o tema de destaque do 14º episódio de 2021 do podcast Giro Energia. Durante a entrevista, o sócio da Ecom Energia, Paulo Toledo, e o consultor do setor elétrico, Luiz Maurer, explicam o assunto. Confira alguns destaques da conversa:
O armazenamento vai ganhar espaço na matriz aqui no Brasil?
Paulo Toledo: A gente está olhando mais no Chile nesse momento, pois lá está andando mais rápido que aqui. Mas, o energy storage tem um potencial de crescer aqui também. O mercado brasileiro é muito promissor. Ou seja, à medida que a tecnologia ganha musculatura, abrem-se muitas possibilidades. Dessa maneira, o storage vira mais uma alternativa para a curva de carga e demanda e tem tudo para se desenvolver no médio prazo.
Como está o avanço do energy storage no mundo?
Luiz Maurer: O custo de implementação está caindo. Hoje, está em US$ 150 o MW, dependendo do tempo que a bateria pode armazenar de energia. A tendência é de que ele continue recuando com o desenvolvimento da tecnologia e o aumento da escala.
Ambos os entrevistados afirmaram que a crise hídrica e o PLD Horário poderão impulsionar regulação que incentive o energy storage. Já que, isso pode criar alternativa para clientes que queiram reduzir o consumo em horários em que o preço é mais alto.
Os custos de implementação de storage continuarão em queda? A regulação criará mesmo incentivos? A crise atual irá acelerar a adoção do storage? Vale a reflexão!
