Nesse terceiro episódio do podcast Giro Energia sobre ESG, vamos falar sobre as fontes de energia limpa, que têm ganhado a preferência dos investidores no Brasil e no mundo.
As fontes de energia eólica e solar lideram esse ranking. De acordo com especialistas, o interesse nas renováveis ainda vai crescer. Então, para saber mais sobre esse assunto, entrevistamos Elbia Gannoum, Presidente da ABEEólica, e Regis Itikawa, gerente de Gestão de Geração da Ecom Energia.
Gannoum acredita que a transição energética se acelera com a guerra entre Ucrânia e Rússia. No entanto, a mudança nesse cenário vem sendo percebida desde 2020 com a crise sanitária ocasionada pela Covid-19 e a crise do petróleo.
Segundo a presidente da ABEEólica, a aceleração da transição energética já fez nesse momento, aproximadamente a partir de março de 2020, quando já havia uma sinalização geopolítica influenciando a segurança da produção energética.
“O mundo fica bastante insatisfeito de ficar vulnerável ao choque do petróleo, de ficar nas mãos dos ‘monopolistas'”, afirma a entrevistada.
A especialista ainda diz que, ao contrário das crises dos anos 70 e 90, atualmente o mundo já tem tecnologia – cada vez mais competitiva – para produzir energia renovável, o que fomenta a discussão de independência energética.
De acordo com a especialista, o modelo de negócios precisa ir muito além do EBITDA, e estar calcado no aspecto socioambiental.
De acordo com Itikawa, o interesse por fontes de energia limpa é crescente. A fonte solar é uma das que mais despertam o interesse dos investidores no Brasil.
Além disso, o especialista afirma que é crescente, também a procura por certificados (RECs) para atestar ao mercado que a empresa está usando energia de fonte limpa.
Ouça a entrevista completa e saiba mais sobre a busca crescente pelas fontes de energia limpa:
Em conclusão, pelo que pudemos ouvir, a agenda ESG tem sido um driver do mercado de fontes renováveis de energia. Ou seja, tudo indica que esse movimento irá se fortalecer nos próximos anos, juntamente com o aumento da preocupação ambiental.
“Existe muita procura. Principalmente em empresa multinacional, em que existe um global que já exige isso dele”, declara Itikawa.
Nesse sentido, os profissionais ainda estão aprendendo que é possível comprar os certificados aqui no Brasil. Com isso, além de economizar no preço dos documentos, o consumidor ainda incentiva as geradoras brasileiras.
Essa corrida por fontes renováveis trará pressões na cadeia de fornecimento? As fontes renováveis continuarão competitivas? Vale a sua reflexão.