Geração Distribuída Solar: O setor continua a brilhar?

Ecom
  • 27/05/2020
  • 3 min de leitura

A Geração Distribuída Solar, ou GD Solar, alcançou um novo recorde. Porque, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), já foram instalados cerca de 2,5 gigawatts de potência no Brasil. São residências, bancos, indústrias que estão investindo de maneira mais aprofundada no segmento, o que tem apresentado uma forte expansão.

No entanto, o mercado ainda está esperando. Isso porque uma análise precisa ser feita quanto a disparada do dólar, a expectativa de mudanças nas regras e as incertezas atuais sobre demanda. Contudo, existem diversas oportunidades no médio e longo prazo, ainda mais com a tendência de alta de tarifas no mercado regulado.

Para entender um pouco mais sobre os desafios e as oportunidades, o décimo episódio do Giro Energia, conversou com André Pepitone, diretor-geral da ANEEL; José Ricardo Forni, diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio do Banco do Brasil; Alexandre Bueno, sócio da Sun Mobi; e o sócio da BF Capital, Renato Sucupira.

Geração Distribuída Solar por quem entende do assunto

De acordo com José Ricardo Forni, a instituição tem um projeto de geração distribuída solar com data de inauguração para junho ou julho. Além disso, há outros sete que estão sendo contratados e que irão responder por quase 450 agências.

A instituição espera uma economia de quase 300 milhões de reais ao longo de 15 anos. Isso representa cerca de 20% do consumo do banco. De acordo com o executivo, a alta do dólar teve impacto sobre retorno e atratividade, por isso, o BB não está mudando de plano.

Já a Resolução 482 se destaca como fator relevante para o setor. Ela saiu um pouco do foco da Aneel por conta da negociação de socorro ao mercado regulado. O executivo afirma que o assunto estava mais quente, no entanto, a agenda regulatória mudou. Sendo assim, atualmente outros assuntos se tornaram prioritários.

Mas, o diretor geral da ANEEL, André Pepitone fez uma observação a respeito da mudança de foco: “a agência sabe que o foco mudou. Mas temos a certeza de que temas como a geração distribuída e a modernização do setor, a eficiência energética e melhorias, não podem ser deixadas de lado, porque são importantes para que o setor elétrico possa sair ainda mais robusto da crise”.

Sobre a Geração Solar Compartilhada

A Sun Mobi, que atua com geração solar compartilhada, tem buscado captar recursos para levar adiante duas miniusinas que seriam instaladas no Estado de São Paulo. A incerteza atual apenas postergou o planejamento, mas ele continua de pé, segundo o sócio Alexandre Bueno. As tarifas no mercado regulado devem aumentar com o socorro às distribuidoras.

Os impactos da Covid-19 para a GD Solar: quais são eles?

Renato Sucupira, sócio da BF Capital, que estrutura projetos na área de infraestrutura, analisa os impactos da pandemia. “A incerteza atual terá impacto sobre o segmento, mas os custos de implementação da GD solar vinham caindo quase diariamente nos últimos anos, então a queda nesse segmento poderá ser menor que em outros. O ano pode terminar em queda de 4% a 5% nesse ano, com a carga bem deprimida até o inverno”, finaliza.

Você pode escutar o conteúdo completo no Giro Energia e ouvir as entrevistas completas com cada um dos convidados do décimo episódio. Separe os seus fones de ouvido e confira!

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