Nesse episódio, o Giro Energia fala sobre gestão de energia elétrica. Há muito mais no mercado livre à disposição das empresas. A fim de reduzir a conta de luz, além da migração para o ambiente de contratação livre, faz parte do arsenal:
- eficiência energética;
- autoprodução de energia;
- geração distribuída.
Além disso, também se pode obter rentabilidade extra para a empresa operando no mercado livre de energia. No entanto, isso só é possível a partir de uma gestão estratégica de energia elétrica.
Para entender mais sobre o assunto, o jornalista Roberto Rockmann conversou com a coordenadora de Gestão de Consumidores da Ecom Energia, Gabriella Salles. Ouça a entrevista completa:
A gestão estratégica de energia tem sido uma preocupação crescente das empresas?
Gabriela: Tem, sim. A gente tem as medidas de modernização que exigirão mais investimentos em distribuição, transmissão e melhorias físicas. Isso terá impacto sobre o custo de energia.
Tivemos uma recente crise hídrica com o aumento de tarifas. E o efeito das distribuidoras será sentido nesses próximos reajustes. É uma preocupação crescente sobre os custos.
Esses reajustes vão acompanhar a inflação. Já estamos vendo alguns com dois dígitos. Há muitas variáveis que pressionam os custos, por exemplo: alta dos juros, crise hídrica, mais encargos.
A abertura do mercado livre e a gestão de energia elétrica
Gabriela: Com a abertura do mercado, se vê uma migração gradual. Mas além do mercado livre há outras possibilidades. A geração distribuída, por exemplo, é uma opção mesmo para quem não está no livre. No mercado livre, quem pode migrar pode ter uma redução de 20% a 30% de custo. Além disso, há também opções de eficiência. Nesse sentido, pode-se trabalhar mais em medidas para reduzir o consumo. Por exemplo: troca de lâmpadas ou de maquinários com uso mais eficiente.
A gestão de energia elétrica evita o dispêndio imediato?
Gabriela: Sim, isso é importante ressaltar porque todos querem agora redução de custo. Então, na largada não se desembolsa dinheiro, mas quando o projeto obtiver redução de energia e consequentemente gerar receita operacional menor.
Rockmann: O contato entre o consultor, gestor com a empresa se tornará ainda mais importante?
Gabriela: Sem dúvida alguma! Estar próximo, entender as demandas, conhecer o processo de produção e saber identificar as oportunidades são trunfos nesse relacionamento.
Em conclusão, num momento em que se discute a abertura total do mercado livre de energia e as contas no ambiente cativo estão cada vez mais pressionadas, consultoria e gestão são duas palavras que ganharão cada vez mais importância.
Mas ficam ainda algumas dúvidas:
- O setor ruma mesmo para a abertura total?
- O momento atual irá deslanchar mais investimentos em eficiência energética?
Continue acompanhando o Giro Energia, podcast sobre o setor energético, patrocinado e desenvolvido pela Ecom Energia. Até breve!