Neste episódio do Giro Energia, conversamos sobre o cenário envolvendo a guerra na Europa e seus impactos no setor elétrico brasileiro. Para isso, entrevistamos o economista Gabriel Galípolo e o CEO da PSR, Luiz Barroso.
A seguir, ouça a entrevista completa:
O ex-presidente do banco Fator, Gabriel Galípolo, fala sobre os impactos que a guerra entre Ucrânia e Rússia trazem para a economia brasileira e mundial.
Nesse sentido, inflação em alta e menor crescimento econômico são duas grandes preocupações. Ao mesmo tempo, os países desenvolvidos discutem suas políticas energéticas.
No setor de combustíveis os impactos são visíveis. Ou seja, quem tem carro já sentiu no bolso o aumento da gasolina. E no setor elétrico?
“A Rússia é um fornecedor estratégico mundial de insumos, como petróleo e gás natural. E a Europa é o maior consumidor desses energéticos. O custo desses produtos aumentou muito e esse aumento contamina mercados globais. Trazendo pressão para todos os elos da cadeia, de insumos de produção a tecnologias, como eólica e solar. Isso traz aumento de CAPEX dessas tecnologias“.
Luiz Barroso, presidente da PSR Energy.
Luiz continua: “O Brasil alinha dois objetivos da transição energética: a energia mais limpa é a mais competitiva. E isso colocou o setor elétrico brasileiro na liderança. O GNL fica mais caro e o pré-sal poderá fazer esse gás natural chegar mais forte no Brasil.
Ele tem um preço diferenciado, mas pode não ser indexado por não ser exportado, e isso cria um trunfo. No Brasil, os fundamentos permanecem. E, com o desenrolar desse novo mundo, o país fica numa posição ainda mais privilegiada, pela sua escala, pela sua diversificação e pode se tornar a potência descarbonizante.
O preço do petróleo mais alto pode acelerar os biocombustíveis e a eletrificação da frota. No entanto, teremos de saber quais serão as prioridades desse novo mundo que está surgindo“.
Enfim, o setor elétrico vive um momento de intensa expectativa em relação à guerra.
Nesse sentido, há três variáveis que deverão ser observadas de perto: o cenário geopolítico, a política energética da Europa e como será o desenrolar do conflito. Então, fique ligado no Giro Energia para acompanhar esse cenário!
