I-RECs: um guia sobre os certificados de energia renovável

Ecom
  • 02/11/2021
  • 3 min de leitura

O investimento em energia renovável vem crescendo no Brasil e no mundo. Como resultado, aumenta o interesse nos I-RECs, certificados de uso de energia limpa. Essa é uma forma de divulgar aos seus clientes e fornecedores o compromisso da empresa com a sustentabilidade.

Além disso, como estamos às vésperas de uma decisão da COP26 sobre o clima, o assunto deverá ganhar ainda mais espaço na agenda corporativa.

Para entender mais, conversamos com Fernando Lopes, diretor do Instituto Totum, emissor de I-RECs no Brasil. Ouça a entrevista completa no Giro Energia:

O que são I-RECs, Fernando?

I-REC é a sigla para International Renewable Energy Certificate. Eles são certificados de energia renovável internacionais, que atestam para clientes e fornecedores em todo o mundo que a energia consumida pela empresa é de origem limpa e foi enviada para a rede elétrica.

Portanto, eles são uma forma de “rastrear” a energia renovável do ponto de geração até o consumidor final. Cada REC é a prova de que 1 megawatt hora foi injetado no sistema, a partir de uma fonte de geração de energia renovável.

Há certificados de energia eólica, solar, hídrica ou biomassa. Estamos trabalhando para termos também um certificado para biogás e biometano, o GAS-REC.

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O Brasil é hoje um dos maiores mercados de certificados de energia renovável?

O Brasil é hoje o segundo maior mercado do mundo desses certificados, atrás apenas da China. Pois a matriz elétrica brasileira é bastante renovável e isso reforça o compromisso das empresas com energia limpa.

Além disso, há um esforço crescente das empresas divulgarem isso para a sociedade por meio dos certificados. Como resultado, até outubro de 2021, foram negociados 8 milhões de certificados. Ou seja, o dobro de todo o ano passado. A estimativa é de chegar a dez milhões ainda este ano.

Com relação a fontes, como estão os I-RECs?

Cerca de dois terços das emissões de I-RECs no país envolvem parques eólicos, enquanto o restante se divide entre usinas hídricas, solares e de biomassa. Temos agora, recentemente, a primeira certificação de biogás, que é um segmento que deve ter um crescimento relevante.

E virão novidades?

E vêm muitas novidades ainda! Por exemplo, até o fim do ano, será feito um projeto piloto de recs horários devido à sofisticação da matriz e o início da operação do PLD Horário. Vou, em breve, para a Holanda para discutir certificação de hidrogênio verde. E o Instituto Totum também está se credenciando para certificar os Green Bonds.

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