Quais são os impactos da crise hídrica no Brasil e no setor elétrico?

Ecom
  • 16/06/2021
  • 3 min de leitura

Os impactos da crise hídrica no Brasil têm trazido a preocupação no setor elétrico sobre o balanço entre oferta e demanda de energia nesse ano e no próximo.

Para entender sobre o assunto, além de analisar as perspectivas do mercado hídrico daqui para frente, o Giro Energia conversou com dois grandes nomes da Ecom Energia, Regis Itikawa, gerente de geração & usinas e o sócio-diretor, Paulo Toledo. Confira os destaques.

A autoprodução está aumentando

Existe uma preocupação entre os clientes, mas eles estão buscando alternativas como a autoprodução, de acordo com Regis Itikawa, gerente de geração e usinas na Ecom Energia.

Alguns clientes têm contratos de curto prazo, e alguns estão buscando produto ou solução para atenuar essa curva de preço alto. Com custos crescentes no mercado cativo e os encargos em alta, muitos clientes estão buscando a autoprodução para fugir dos encargos.

Temos recebido muitas consultas de clientes, isso está muito abrangente. Indústrias frigoríficas têm buscado esse produto para mitigar essa exposição dos encargos”, relata Itikawa.

É preciso uma boa gestão para minimizar os impactos da crise hídrica do Brasil

A Ecom Energia nasceu no racionamento de energia em 2001. Momentos críticos fazem parte da história do mercado livre nos últimos 20 anos, por isso, gestão é essencial, de acordo com o sócio-diretor da companhia, Paulo Toledo.

A situação é preocupante e acendeu um sinal amarelo, o que promove uma visão com mais cautela no mercado livre de energia, por exemplo.

Temos vindo de vários anos de hidrologia ruim que reduziram os reservatórios. Nos últimos quatro anos não tivemos chuva acima da média. Passamos por carga abaixo do previsto por conta de problemas econômicos no ano passado pela pandemia.

Esse ano, apesar de não termos tido recuperação, por causa da pandemia, houve uma piora das chuvas, com um verão médio e agora um período seco mais grave. Então é um motivo de preocupação. Não podemos fechar os olhos para uma situação que pode piorar”, destaca Toledo.

No entanto, a gestão é essencial, já que há momentos de estresse nesse ciclo longo. É comum os consumidores esquecerem em momentos em que o preço fica estável por um ou dois anos, mas a matriz está sempre sujeita às volatilidades do clima.

Os eventos críticos não ocorrem do dia para a noite, então, são empresas especialistas em gestão que conseguem enxergar tendências para assessorá-las.

Por fim, as entrevistas completas você confere no Giro Energia. Você pode escutá-lo onde e quando quiser. E não deixe compartilhar com os amigos do setor!

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