A matriz de energia elétrica no Brasil passa por uma grande transformação. Há 20 anos, por exemplo, as hidrelétricas respondiam por 90% da eletricidade no Brasil. Hoje, no entanto, elas contam com 60% da geração e esse é um número que tende a cair nos próximos anos. Em 2029, a participação das hidrelétricas brasileiras pode ficar abaixo de 50% pela primeira vez. Já as energias eólicas e solares, que hoje respondem por 11% da capacidade instalada, o que há 20 anos não respondiam nem a 1%.
O Giro Energia fez alguns destaques sobre a matriz de energia elétrica no Brasil em seu 5º episódio. Em um bate-papo com a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, com o presidente do Conselho da Absolar, Rodrigo Sauaia, e o presidente da Associação Brasileira de Comercializadoras de Energia Elétrica (ABRACEEL), Reginaldo Medeiros, as tendências para o futuro, a relação com o Mercado Livre de Energia e outros temas fizeram parte da pauta.
De olho nas tendências
Nos próximos anos, por exemplo, três tendências devem moldar o futuro da matriz no Brasil. A primeira delas é que as fontes renováveis como biogás, solares e eólicas devem ganhar cada vez mais espaço daqui para frente. A segunda tendência tem ligação com o Mercado Livre de Energia, o qual tende a continuar se expandindo e poderá chegar a baixa tensão na próxima década, ou seja, a matriz do futuro terá grande parte da sua demanda orientada por consumidores livres. Já a terceira tendência é sobre o Pré-Sal, o qual deve ter impacto sobre a matriz, em que o gás natural vai ser um complemente das fontes intermitentes, como eólicas e solares, por exemplo.
De fato, a velocidade em que essas mudanças poderão acontecer, vai depender das novas regulações no setor. Elas estão em pauta de discussão, vão ser realizadas daqui para frente. No episódio, disponível em todas as plataformas digitais, incluindo o Spotify, você consegue acompanhar o bate-papo completo onde e quando quiser.
