MRE: Mecanismo de Realocação de Energia, um desafio regulatório importante para o setor

Ecom
  • 09/10/2019
  • 2 min de leitura

O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) tem ganhado bastante ibope no setor de energia. Junto com ele há o Generation Scaling Factor (GSF), que é risco hidrológico de quem participa do MRE. No entanto, essas questões geram algumas dúvidas.

Foi pensando nisso que o quarto episódio do Giro Energia, podcast da Ecom Energia, conversou com o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Rui Altieri, o presidente da PSR, Luiz Barroso, e o sócio da consultoria Thymos Energia, João Carlos Melo.

Afinal, o que é o Mecanismo de Realocação de Energia e qual a questão enfrentada?

O MRE surgiu no fim da década de 1990, quando 90% da geração do Brasil era hidrelétrica. Ele é como se fosse um condomínio. Os condôminos são cada uma das hidrelétricas existentes no país. A ideia principal é que o MRE funcione como um tipo de seguro. A maior produção de algumas hidrelétricas compensa o resultado inferior de outras. Mas, desde 2003, o Mecanismo está passando por alguns problemas como falta de chuvas e outras questões. Além disso, o aspecto mais visível desse problema é o GSF, que é a sigla para o déficit entre a garantia física das hidrelétricas e a energia efetivamente gerada por elas.

Entre os anos de 2013 e 2015, a falta de chuvas e o atraso em obras fizeram as hidrelétricas pagarem caro para repor o que tinham vendido. A energia que foi vendida, mas não foi gerada virou exposição no mercado de curto prazo. No mercado, os preços chegaram a superar R$ 500,00 o kWh. Entendendo que esse risco não deveria ser do gerador, as usinas foram bater na porta da justiça e conseguiram liminares para não pagarem a exposição. O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, faz alguns destaques sobre este tema, os quais você pode ouvir por completo no episódio.

Será preciso resolver passado, presente e futuro do MRE para que as ações possam fluir. Uma discussão regulatória é fundamental e urgente para “destravar” o setor elétrico que precisa de uma mudança estrutural que minimize perdas com o GSF. Para entender ainda mais sobre o cenário, ouça agora o Giro Energia.

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