Logo após sucessivos adiamentos, o PLD Horário entra em operação em janeiro de 2021 e, possivelmente, vai ser um marco para o setor elétrico. Como resultado, temos no radar algumas perguntas: O que é preciso saber para conhecer mais sobre o tema? Quais serão os impactos? Isso vai sofisticar o mercado? Possibilita a criação de novos produtos?
Todas as respostas foram dadas em uma conversa com Talita Porto, conselheira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE); Roberto Brandão, membro do Grupo de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, no Giro Energia.
O momento do PLD Horário é agora
No Comitê do Ministério de Minas e Energia, o qual trata dos temas mais relevantes, esse é o que tem mais ensaiado discussões, de acordo com Talita.
Além disso, os agentes estão querendo saber mais dele. As associações e grandes players estão usando os números e realizando estudos para ver como isso vai alterar as estratégias. Mas o PLD Horário em 2021 é também um tema polêmico entre os especialistas.
Para Roberto Brandão, membro do Grupo de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a alteração do preço do mercado livre no curto prazo cria beneficiados e prejudicado. O que por sua vez, também traz inquietação.
“O mercado já tem um ótimo conhecimento do que vai ocorrer, mas toda mudança traz uma ansiedade e um receio naturais porque haverá ganhadores e perdedores“, destaca Brandão.
O que esperar da novidade para o setor elétrico?
A adoção do PLD Horário em 2021 marca a nova matriz elétrica, muito mais diversificada e com fontes intermitentes, como usinas solares e eólicas. Dessa forma, ganha importância com mecanismos que possam precificar com mais precisão a energia.
Em outras palavras, sua implementação deve promover alguns estímulos aos elos da cadeia. Novos contratos no mercado livre para amenizar as oscilações diárias de geração poderão ser criados.
Armazenamento vai poder receber mais investimentos. Parques híbridos que mesclem geração solar e eólica ganharão ainda mais espaço. Derivativos também devem movimentar mais negócios. Ou seja, não é à toa que os bancos estão de olho na área de comercialização.
Você pode escutar o debate completo que aconteceu no podcast do Giro Energia e ouvir a opinião de todos os participantes na íntegra. Escute agora!