Nesse segundo episódio da série Tendências para o setor elétrico, abordamos a Geração Distribuída Solar, que em 10 anos gerou uma revolução no Brasil. Atualmente, das 10h ao 12h, a GD Solar já representa 10% do atendimento da carga do Sistema Interligado Nacional – que produz e transmite energia elétrica aos brasileiros.
Por isso, devido a relevância do tema, convidamos dois especialistas para nosso podcast. O jornalista Roberto Rockmann conduz a conversa com Regis Itikawa, head de Geração da Ecom Energia e Bárbara Rubim, vice-presidente do conselho da Absolar.
Você sabia que essa série está em um formato especial? O episódio de hoje também está disponível no YouTube. Entenda melhor o desenvolvimento desse sistema de energia no episódio a seguir:
O futuro da Geração Distribuída Solar para o setor elétrico
Pelo Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, a geração distribuída deverá chegar a 40 GW de capacidade, destacou Rockmann. No entanto, Bárbara Rubim ressalta o conservadorismo da EPE no quesito de projeções.
A vice-presidente do conselho da Absolar diz que esse é um momento chave para determinar a velocidade que a GD terá ou não, seu desenvolvimento. Isso porque a Lei 14.300/2022 trouxe mudança a esse cenário.
O setor elétrico está no aguardo do posicionamento do Conselho Nacional de Política Energética, do Ministério de Minas e Energia e da ANEEL para prosseguir com diretrizes claras para esse formato de distribuição de energia.
Logo, Bárbara pontua crer que o crescimento não terá declínio, mas que para prever um crescimento exponencial o setor ainda depende da sinalização dessas organizações do governo. A previsão dessa regra definitiva para a geração distribuída no Brasil é incerta, podendo ocorrer entre julho e agosto de 2023.
Ela ainda menciona que o consumidor que continua produzindo a própria energia deve se atentar ao prazo do direito adquirido. Pois, para conseguir manter a paridade tarifária é preciso solicitar o direito até 6 de janeiro de 2023. Assim, para quem fizer, a medida estará de pé até o dia 31 de dezembro de 2045.
Quem, no entanto, solicitar a partir do dia 7 de janeiro de 2023 entrará numa diretriz de transição, que dura 6 a 8 anos. Rubim explana mais detalhes no minuto 5:10.
Não-reajuste e bandeiras tarifárias culminam na GD Solar
Regis Itikawa comenta sobre a preocupação sobre o alto preço da energia ser um impulsionador para a aderência do Mercado Livre de Energia ou para a GD solar. Por isso, investidores tem escolhido essa saída devido aos não-reajustes e a possibilidade da redução de custos.
Ele aponta que a flexibilidade é um forte caminho para que mais pessoas optem pela geração distribuída. Uma vez que no modelo de negócio por assinatura de energia as pessoas não estão fidelizadas e nem sofrem multas.
Perfil de consumidores, energia limpa e mais
Bárbara e Regis continuam falando sobre os benefícios e a disponibilidade da geração distribuída solar. Entenda sobre as ofertas por assinatura, o desenho de mercado da GD após a abertura do mercado livre, o impacto do lockdown na China e outros assuntos. Confira no episódio completo.
Continue assistindo e confira a primeira tendência para o setor elétrico: a agenda ESG e a Energia Verde.