O certificado I-REC, faz parte de um segmento que tem crescido com força nos últimos tempos: o de energia renovável. Por isso, de janeiro a abril, já foram negociados 4 milhões de I-RECs no Brasil.
Ou seja, a mesma quantidade transacionada em todo o ano de 2020. Mas as novidades não param por aí, isso porque, até o fim do ano será feito um projeto piloto de RECs horários.
Neste episódio do Giro Energia, os especialistas explicam com mais detalhes o certificado I-REC. Na entrevista eles falaram sobre a sofisticação dos certificados e sobre a busca das empresas para se certificarem.
Além disso, trouxeram mais informações sobre o que já está acontecendo, bem como as novidades que virão em relação aos recs. Fernando Lopes, diretor do Instituto Totum, e Carlos Miranda, executivo de comercialização da Ecom Energia foram os entrevistados da vez. Ouça a entrevista completa:
Entenda sobre o certificado I-REC
Antes de mais nada, é preciso entender um pouco mais a respeito do que se trata um certificado de energia renovável. Depois disso, você vai entender como ele pode – e vai! – atuar dentro do setor.
Trata-se de um megawatt hora de energia renovável injetado no sistema, de acordo com Fernando Lopes, diretor do Instituto Totum. Em casa, é possível recebê-lo no mix das distribuidora de energias nuclear, térmica, hidrelétrica.
Além disso, ele pode vir em algum momento da energia eólica do Nordeste, entre outros. De acordo com o especialista, não tem como saber a rastreabilidade dessa energia, mas o I-REC certifica a sua origem.
No Brasil, o programa conta com dez anos, desde a sua criação. Foi em 2014 que aconteceu a primeira transação oficial, com negociação de 244 I-Recs para uma agência bancária.
Já em 2020, foram negociaram-se 4 milhões de megawatts. Enquanto no ano anterior, 2019, tinham sido 2,5 milhões. Agora, em abril de 2021, o fechamento vai ser de 4 milhões.
Movimento de sustentabilidade leva empresas a buscarem por I-RECs
E a procura pelo certificado de energia renovável tem sido grande pelas empresas que têm programas mundiais para reduzir a pegada de carbono. Isso porque essas empresas estão cada vez mais ligadas ao movimento de sustentabilidade e práticas ESG.
No âmbito interno medem-se três aspectos de suas emissões: próprias, da frota de veículos e os gases dos processos. Por outro lado, o escopo 2 considera as emissões em função de energia elétrica, as quais estão limitadas à matriz energética do país em que estão.
De acordo com Carlos Miranda, executivo de comercialização da Ecom Energia, existe uma preocupação crescente das empresas com a origem da energia que compram, em especial nas multinacionais.
É um movimento que tem se tornado cada vez mais importante, com as empresas buscando comprar de usinas eólicas, solares, de fontes renováveis. Portanto, o certificado I-REC torna-se importante nesse contexto.
No Giro Energia você acompanha as discussões completas e fica – ainda mais – por dentro da importância do certificado de energia para as empresas. Separe os fones de ouvido e confira o 7º episódio do podcast da Ecom Energia.