A autoprodução, ou autogeração de energia é uma tendência que deverá continuar em alta nos próximos anos no Brasil. Ainda mais, diante do cenário que combina alta de custos e encargos, juros baixos e apelo sustentável.
Um benefício é garantir energia mais barata com a redução de encargos pagos pelos autoprodutores, principalmente os referentes à contribuição da CDE. Isso é ainda mais importante para empresas no Sudeste, onde os encargos são maiores. Por isso, nessa região a redução média no preço oscila entre R$ 30 e R$ 50 por MWh.
O movimento rumo à autoprodução se intensificou nos últimos três anos. Pois foi nesse período que geradores e grandes consumidores passaram a costurar acordos de sociedade em parques eólicos e solares. Esses acordos são atrelados a contratos de longo prazo que, além de remunerarem os empreendedores, garantem recebíveis e facilitam a financiabilidade dos projetos.
Benefícios da autogeração de energia para os consumidores
Pelo lado dos consumidores, os preços baixos das fontes renováveis também despertam o interesse de firmar os PPAs de longo prazo. Foi então o casamento perfeito. Complementado, posteriormente, com a adesão de boa parte do mundo corporativo ao conceito de ESG, que passou a estimular a limpeza da matriz elétrica das empresas.
Os juros baixos têm atraído empresas a investirem. Assim como os bancos e o mercado de capitais estão também abrindo espaço para o financiamento de projetos, já que a maioria deles é de fonte renovável.
Para entender melhor o cenário, o Ecom Talks promoveu um debate sobre o tema. O convidados foram: Régis Itikawa, Gerente de Gestão de Geração, Ecom Energia, Ciro Marino, Presidente-Executivo da Abiquim e Daniel Pina, Diretor de Economia da Abiape. Além do sócio-diretor da Ecom Energia, Márcio Sant´Anna, e do jornalista Roberto Rockmann, que mediaram a conversa. Assista:
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