ESG e sustentabilidade: tendências para o setor elétrico

Ecom
  • 25/11/2021
  • 3 min de leitura

O Brasil já tem uma matriz baseada nas fontes renováveis, que respondem por cerca de 85% da produção de eletricidade consumida no País. Com isso, o Brasil deve se tornar um dos centros mundiais de investimentos em fontes limpas nos próximos anos. Essa é uma das tendências de ESG e sustentabilidade previstas para o setor elétrico nacional.

Além dessa, outras questões ganham destaque, reforçadas em meio à discussão da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 26). O evento ocorreu em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro de 2021. E já tem feito empresas buscarem investir em fontes limpas para reduzir sua pegada de carbono.

Consumo de energia renovável contribui para ESG e sustentabilidade

Sem o consumo de renováveis, as empresas “gravam” em sua pegada de carbono cerca de 100 kg de dióxido de carbono (CO2), um dos gases de efeito estufa, a cada 1 MWh de eletricidade consumida no Brasil. Assim como acontece em terras tupiniquins, o consumo de energia elétrica na Europa também aumenta significativamente a pegada de carbono. No entanto, por conta da matriz muito mais poluente, esse valor é cinco ou seis vezes maior do que no Brasil. Inegavelmente, isso levará multinacionais a investir cada vez mais no Brasil para reduzir sua pegada de carbono. Isso deverá ser feito não só com as fontes renováveis, mas também de olho no futuro com o hidrogênio verde, por exemplo.

Certificados de Energia Renovável (I-RECs)

Visto que empresas – do Brasil e do mundo – estão colocando cada vez mais esforços para reduzir suas pegadas de carbono, outra tendência que deve ganhar muita importância no setor elétrico são os I-RECS. Os Certificados de Energia Renovável documentam a origem da energia contratada. Ou seja, cada REC equivale a 1 MWh de geração renovável injetada no sistema elétrico. Dessa forma, empresas que investirem na compra desses certificados, podem até zerar suas pegadas de carbono para Escopo 2. Como resultado, essas companhias conseguem comprovar compromisso com práticas de ESG e sustentabilidade.

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Só para ilustrar o cenário, de janeiro até o início de outubro, foram negociados 8 milhões de certificados internacionais de energia renovável. Esse número corresponde ao dobro de todo o ano passado, quando a emissão foi de 4 milhões desses papéis.  A expectativa é encerrar 2021 com a negociação de 10 milhões de papéis. O Brasil conta atualmente com 244 usinas aptas a emitir RECs no Brasil. A fonte solar é uma das que mais contribuem para esses números.

Bate-papo sobre ESG e sustentabilidade no setor elétrico

A fim de entender melhor o cenário, o último Ecom Talks de 2021 promoveu um debate sobre o tema. Para isso, contamos com a participação especial de:

  • Márcio Sant´Anna, sócio-diretor da Ecom Energia;
  • Elbia Gannoum, presidente da ABEEólica;
  • Fernando Lopes, diretor do Instituto Totum, emissor oficial dos IRECs no Brasil;
  • Christopher Davies Junior, executivo de Sustentabilidade da Volkswagen Brasil.

A mediação, como sempre, ficou por conta do jornalista especializado no setor elétrico: Roberto Rockmann.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, confira o vídeo completo desse bate-papo:

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