O impacto real que o Coronavírus terá na economia mundial e o tempo para recuperar-se dele, ainda são desconhecidos. Por um lado, temos o choque da crise da oferta na China – maior economia exportadora do globo e maior parceira comercial do Brasil – ocasionado pelas paralizações e retrações no setor de suprimentos no país, epicentro da origem do vírus, com desdobramentos severos nas cadeias globais de produção. Por outro lado, há o choque da crise da demanda, com a restrição de circulação das pessoas como uma tentativa dos governos, de vários países, para retardar o espalhamento do vírus; fechamento das fronteiras, com consequente redução de viagens, e da demanda mundial por petróleo; cancelamento de grandes eventos; suspensão das aulas, etc. Tudo isso resulta em uma disrupção no consumo, no setor de serviços, no comércio e nas atividades econômicas em geral.
Em paralelo a esses acontecimentos, a guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, dois países que figuram entre os maiores produtores de petróleo do mundo, derrubaram o preço da commodity para os menores níveis registrados desde 2016.
Em resposta a este cenário instaurado, e às incertezas das repercussões da pandemia, as bolsas ao redor do mundo despencaram. As instituições financeiras e os especialistas começaram a recuar as projeções econômicas para o ano de 2020. No Brasil, a equipe liderada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, reduziu a previsão de alta no PIB de 2,4% para 2,1% para este ano, uma projeção mais otimista que a do Relatório Focus do Banco Central, por exemplo, que recuou os 2,3% esperados no início do ano para 1,68%, de acordo com gráfico abaixo:
Para o setor elétrico, o desempenho e a expectativa econômica têm relação direta com a projeção da carga, que será atendida pelo Sistema Interligado Nacional. Analisando os dados oficiais do primeiro bimestre do ano, período no qual ainda não tínhamos a disseminação constatada do vírus, a carga realizada já estava abaixo do previsto. Espera-se para os próximos meses um distanciamento ainda maior da estimativa original da Empresa de Pesquisa Energética, EPE. Para março, o desvio esperado é de 4,8%, conforme podemos ver no gráfico a seguir:
Com essa expectativa de queda de consumo, e uma demanda futura menor a ser atendida, já sentimos os efeitos diretos nas quedas de preços de curto e de longo prazo, frente ao que estava sendo praticado nas últimas semanas.
Existem diferentes possibilidades, para diferentes perfis de risco. Algumas perguntas que costumamos fazer para os nossos clientes são: “Os preços de mercado que eu tenho hoje já estão próximos ou melhores do que o meu contrato atual?”; “Estes preços asseguram o custo previsto no meu orçamento?”. Com as incertezas associadas à instabilidade econômica, um portfólio de contratos pode ser uma alternativa. Enquanto essa estratégia permitiria o aproveitamento de outras janelas de oportunidades e/ou amorteceria o impacto de uma subida de preços, ela também garantiria um maior grau de liberdade para planejamento do meu consumo.
E em caso de sobra de energia, posso cotar no mercado uma operação de swap temporal, ou uma cessão de longo de prazo? Consigo antecipar minha produção, para aproveitar o momento de preços baixos no curto prazo? Como os contratos de energia firmados no mercado são acordos bilaterais e livremente negociados entre as partes, a solução pode ser customizada a sua realidade.
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