A Ecom Energia acaba de obter a renovação da certificação Selo Energia Verde para o ano de 2021. Trata-se da primeira certificação no Brasil para a energia produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar. A principal missão é incentivar e ampliar a participação da bioeletricidade na matriz energética brasileira.
Criado em 2015, o Programa de Certificação da Bioeletricidade é uma iniciativa da UNICA em cooperação com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Entre os objetivos, ele oferece ao mercado livre a possibilidade de mostrar preocupação com o consumo de energia elétrica renovável e estimula a expansão da bioeletricidade e do próprio ambiente livre, por exemplo.
Energia rentável e sustentável para as empresas
A certificação Selo Energia Verde tem renovação anual e adesão voluntária. Dessa forma, é permitida a participação no programa de comercializadoras e consumidores atuantes no mercado livre, que podem conseguir o Selo Energia Verde ao adquirir bioeletricidade de usinas certificadas, conforme as diretrizes do programa.
Salvo dizer que, a conquista dessa certificação foi possível devido à companhia adquirir volume de energia proveniente de unidades produtoras certificadas no âmbito do programa. Além disso, também atendeu a uma série de requisitos presentes no regulamento. Essa compra pode ser comprovada por conta de aquisição registrada na CCEE, que corresponde, no mínimo, a 0,3 MW médio/ano, com prazo de validade de seis meses.
Energia sustentável é um caminho sem volta
Conforme levantamento da UNICA, a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a oferta de bioeletricidade em geral ao Sistema Interligado Nacional (SIN) foi de 27.476 GWh em 2020, representando um aumento de 0,9% em relação a 2019, volume equivalente a atender 17% do consumo industrial de energia elétrica do país em 2020 ou 14,2 milhões de unidades residenciais.
No ano passado, a bioeletricidade ofertada para a rede pelo setor sucroenergético foi 22.604 GWh (alta de 0,9% em relação a 2019), representando 82% da geração da bioeletricidade em geral no período. Estima-se que essa energia renovável de 22.604 GWh tenha evitado a emissão de 6,3 milhões de toneladas de CO2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 44 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
Dos 22.604 GWh gerados pelo setor sucroenergético para a rede, 83% foram ofertados entre maio e novembro (período seco no setor elétrico). Trata-se de uma geração equivalente a ter poupado 15% da água disponível associada à energia máxima que poder ser gerada nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, pela maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade no período seco. Em dezembro, a energia armazenada nos reservatórios naquele submercado fechou em apenas 18,7%.
Nos últimos 10 anos (2011-2020), por exemplo, a geração acumulada de bioeletricidade sucroenergética para a rede foi de 186.436 GWh. Essa geração seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do(a): mundo por três dias; União Europeia por 22 dias; Europa por 17 dias; China por 10 dias; Estados Unidos por 12 dias; e América Central e América do Sul por 62 dias.
Selo Energia Verde tem 60 usinas certificadas em 2021
O programa Selo Energia Verde certificou, até o momento, 60 usinas em 2021. Juntas irão produzir mais de 12 mil GWh ao longo do ano. Deste total, 59% serão exportados para a rede e 41% serão para o autoconsumo. O potencial oferecido à rede pelas usinas certificadas é capaz de atender 6 milhões de unidades consumidoras residenciais. Além de ser equivalente a toda a energia elétrica produzida no Brasil, em 2020, com carvão mineral. Por fim, a energia gerada nessas usinas também é importante para a qualidade do ar. Isso acontece, pois vai evitar a emissão de mais 3 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Essa marca somente seria atingida com o cultivo de 23 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.