Eficiência energética é a capacidade de produzir mais, ou manter a quantidade de produtos ou serviços, com menos energia. A economia pode vir da utilização de menos recursos naturais, por exemplo, sem deixar de propiciar conforto e qualidade nos resultados.
Esse conceito está ligado às ações de transição energética. Essa mudança significa a substituição de uma matriz energética fundamentada em combustíveis fósseis, que geram CO2, para uma matriz fundamentada em fontes renováveis.
Segundo o Caderno sobre Ações de Eficiência Energética em Indústrias Brasileiras de novembro de 2020, a eficiência energética está nas tendências que apoiam essa trajetória na direção de uma economia de baixo carbono.
De acordo o PDE 2029, o setor industrial é o que possui maior possibilidade para contribuir com os ganhos de eficiência elétrica. Dado que este é o setor responsável por um dos maiores índices de consumo final de energia.
O que coloca a indústria como uma das potências, apta a impulsionar a competitividade e potencializar o surgimento inovações tecnológicas em prol desse objetivo. Por isso, confira a seguir o porquê esse tema é um fator chave no contexto industrial brasileiro.
Indícios globais desse fator chave
O apelo a eficiência energética vai ao encontro de diversos movimentos pelo globo, que buscam por alternativas que reduzam custos e, ao mesmo tempo, colaborem com o meio-ambiente.
Um exemplo claro disso está na Agenda 2030, o plano global da ONU reúne 193 países, incluindo o Brasil. Analisando os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) deste plano, 3 deles convergem para a eficiência energética. São eles:
- Energia limpa e acessível – Objetivo 7;
- Indústria, inovação e infraestrutura – Objetivo 9;
- Ação contra a mudança global do clima – Objetivo 13.
Além das ações Net Zero, também promovidas pela ONU a favor do clima. O termo tem por significado reduzir as emissões de gases de efeito estufa para o mais próximo possível de zero, com quaisquer emissões remanescentes reabsorvidas da atmosfera, por oceanos e florestas, por exemplo.
3 benefícios da eficiência energética para as indústrias
A eficiência energética pode trazer diversos benefícios para as indústrias. Elencamos 3 principais:
- Redução de custos com energia elétrica: Empresas que tornam seus processos mais eficientes energeticamente reduzem custos com despesas operacionais, aumentando a produtividade e lucros.
- Maior controle sobre os impactos ambientais e à saúde: A necessidade de gerar mais energia diminui, uma vez que a produção de energia agora é bem direcionada, sem desperdícios nem emissões gases do efeito estufa (GEE). O que consequentemente, melhora a qualidade do ar, refletindo na saúde da população.
- Evita perdas nas instalações elétricas: Quando há uma gestão eficiente da manutenção do espaço produtivo, os equipamentos funcionam da maneira correta. Pausas, acidentes e sobrecargas são minimizados.
Movimento brasileiro pela eficiência energética
A EPE estima que o potencial de eficiência energética nas indústrias é de 10,9% em média. Sendo apontada também como o setor que contribuiu menos para o avanço de eficiência energética, entre os anos de 2005 e 2018.
Podemos comparar essa necessidade mediante a Pesquisa de Investimentos em Eficiência Energética de 2022, encomendada pela ABB. Foram abordadas 2.294 empresas em 13 países, onde 99% das indústrias apontaram já estar investindo ou planejando investir para tornar seu uso de energia mais eficiente.
O Brasil, dentro do estudo, mostra que 51% das empresas planejam atingir o Net Zero. Apenas 1% não está tentando alcançá-lo, enquanto 6% afirmam que já são neutros em carbono. No entanto, 42% dizem que o aumento dos custos de energia é uma ameaça moderada ou grande.
Isto é, os custos ainda são vistos como um obstáculo para a implementação da eficiência energética. Por isso, outras ações como a mudança de cultura, ou até mesmo a geração da própria energia, podem ser ações aplicáveis ao contexto industrial para colaborar com o objetivo energético.
Uma alternativa vantajosa, no entanto, é a migração para o mercado livre de energia.
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