A agenda ESG, que ainda é uma novidade no Brasil, é um conjunto de práticas que empresas devem adotar em relação ao meio ambiente, sociedade e governança corporativa. Ou seja, qualquer companhia que queira aumentar seu valor de mercado para abrir capital, por exemplo, precisa incorporar essas ações aos processos e à cultura da instituição. Do inglês Environmental, Social and corporate Governance, a sigla significa literalmente Ambiental, Social e Governança corporativa. Mas, como isso impacta no mercado de energia? Saiba mais a seguir.
Como as práticas ESG estão afetando o mercado de energia no Brasil?
Após sofrer uma desaceleração no começo de 2020, o segmento de comercialização de energia foi impulsionado pela agenda ESG no Brasil. Como no mercado livre de energia elétrica os consumidores escolhem seus fornecedores, quem opera no ambiente de contratação livre (ACL) tem a opção de comprar energia de fontes renováveis. Portanto, a atenção à pauta ESG intensificou a busca de consumidores por fontes de energia limpa, o que favorece esse mercado.
Com isso, o Balcão de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE), registrou recorde de negociações no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho de 2021, a plataforma de negociação eletrônica de contratos de energia registrou a marca de 188.943 GWh negociados. Ou seja, uma alta de 35% em relação ao mesmo período de 2020, num volume financeiro de R$ 29,1 bilhões. Conforme anunciou o presidente da companhia, Carlos Ratto, em apenas um semestre negociou-se 20% do volume transacionado pelos sistemas do balcão em nove anos!
Além disso, segundo levantamento da Absolar, o Brasil ultrapassou a marca de 700 mil unidades consumidoras com geração própria de energia de fonte solar. Com isso, a modalidade representa mais de 6,3 GW de potência instalada operacional. Ademais, a fonte solar também é responsável pela atração de mais de R$ 32 bilhões em novos investimentos ao País.
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