A Agência Internacional de Energia (IEA) indicou, em seu recente relatório “Hydrogen in Latin America From near-term opportunities to large-scale deployment”, que um dos impulsionadores da transição energética por aqui pode ser o hidrogênio verde (HV).
Essa estratégia energética já vem sendo trabalhada pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Panamá, Paraguai, Trinidad e Tobago e Uruguai.
Mesmo durante a pandemia da COVID-19, mais de 20 projetos de hidrogênio limpo se iniciaram nesses países. Neles a estimativa de acréscimo é de mais de 2 milhões de toneladas de HV ao ano.
Programas que impulsionam o hidrogênio verde no Brasil
No entanto, para que se caminhe para a efetividade, é necessário nos atentarmos. Seja para a regulação dos roteiros e das estratégias propostas, o custo da energia, a demanda pelo hidrogênio com baixo teor de carbono e a segurança energética.
Aqui no Brasil, o Governo Federal lançou o Plano Nacional do Hidrogênio (PNH2). Do mesmo modo, já apresentou programas pelos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Minas Gerais.
Nossos recursos renováveis abundantes têm atraído diversas iniciativas para descarbonização de setores intensivos em energia. Bem como para exportação para o mercado europeu, importante investidor em projetos de HV.
Estão sendo desenvolvidas aplicações com uso do hidrogênio em atividades de transporte de cargas pesadas a longas distâncias. Inclusive essas aplicações possuem iniciativas pelo setor público, permitindo a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Os setores industriais que utilizam amônia, metanol, aço e derivados de petróleo refinados são outro alvo a se perseguir. Sendo assim o uso do hidrogênio limpo poderá ser a solução mais viável.
Além disso, o hidrogênio verde pode, ainda, desempenhar importante papel na segurança energética e na integração das energias renováveis aos sistemas elétricos nacionais. E assim, substituir outros combustíveis poluentes e fornecendo armazenamento de energia para períodos necessários e/ou para regiões isoladas.
Todos os países citados compartilham das mesmas condições e ambições brasileiras para produção e exportação do combustível. Por isso, o desenvolvimentos de programas e iniciativas semelhantes aos relatados podem levar a América Latina à liderança mundial nesse mercado.
O Brasil não pode ficar de fora!
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