Mercado Livre de Energia: como ele pode acelerar o desempenho do comércio?

Eduardo Camillo
  • 03/12/2021
  • 6 min de leitura

Você já parou para pensar na relação existente entre o Mercado Livre de Energia e a superação dos desafios comerciais no pós-pandemia? Nesse artigo, vamos te mostrar como essas duas coisas estão interligadas.

O início da pandemia

No dia 11 de março de 2020, o mundo se viu oficialmente diante de um evento o qual não se via desde o início do século passado: uma pandemia de proporções globais que iria reconfigurar as relações humanas de forma que ainda hoje, no pós-pandemia, não são totalmente compreendidas.

Com os primeiros relatos ainda em 2019, na China, o novo coronavírus se alastrou de forma destruidora por todo continente asiático e pela Europa no começo de 2020. O primeiro caso confirmado no Brasil ocorreu no dia 26 de fevereiro deste mesmo ano.

Frente à um inimigo desconhecido e invisível, os países se mobilizaram para refrear a transmissão do vírus, o que significou em muitos casos um fechamento quase que por completo da economia; com adoção de medidas rígidas de restrição e circulação de pessoas, bem como o fechamento de serviços considerados não essenciais por um determinado período de tempo.

O cenário brasileiro antes e durante a pandemia

À época, o Brasil se recuperava de uma forte recessão econômica, sobretudo no período de 2014 a 2016, além de enfrentar instabilidades políticas que comprometiam qualquer movimento mais sólido.

Mesmo em face de um cenário turbulento, as projeções para o ano seguinte ainda eram favoráveis em 2019, com uma previsão de crescimento do PIB em cerca de 2% para o período e o início de uma recuperação estrutural nos setores industriais, de comércio e de serviços.

A pandemia, no entanto, trouxe consigo uma retração ampla em todos os setores da economia e culminou em uma queda no PIB superior à 4% neste período, além de impactar severamente inúmeras empresas que perderam grande parte de seu faturamento devido à restrição na circulação de pessoas, em especial o setor de varejo e de Shopping Centers.

De acordo com dados da ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers), a taxa de vacância no setor dobrou em 2020, saltando de 4,7% 2019 para 9,3% em 2020.

Além de observar uma redução no faturamento em cerca de 33%.

Os impactos diretos causados pelas restrições, grande parte dos empreendimentos adquire energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL), e sem a movimentação típica de pessoas o consumo de energia foi drasticamente reduzido, produzindo uma exposição ao mercado de curto prazo que nem sempre era favorável.

O começo do cenário pós-pandemia

Após mais de um ano do início da pandemia, o avanço da vacinação e as práticas de combate ao vírus tem se mostrado efetivas e observamos um gradual retorno à normalidade, com a diminuição constante no número de casos e o aumento da circulação de pessoas.

Com a melhora no cenário epidemiológico, aliada à retomada da economia, o aumento da renda por emprego ou auxílios governamentais, e também a demanda represada, é previsto um crescimento de mais de 58% nas vendas em Shopping Centers para 2021.

Apesar de denotar um alívio para um setor tão abalado pela pandemia, este crescimento das atividades ocorre em um cenário inflacionário na economia que exerce pressões significativas nos custos operacionais destes empreendimentos, o que acaba estreitando a margem e forçando os estabelecimentos a reduzirem seus custos para atrair lojistas e consumidores, preservando a competitividade no mercado, sobretudo no final do ano onde há um aumento nas vendas.

O Mercado Livre de Energia como solução

Ao longo de 2021 o país enfrentou sua pior crise hídrica dos últimos 91 anos, culminando em um aumento vertiginoso nos preços de energia entre os meses de agosto e outubro.

E mesmo com o alívio das chuvas de novembro, os impactos dessa crise ainda são sentidos pelos consumidores por meio dos encargos setoriais que bateram recorde na CCEE no último mês, atingindo a marca de R$117,00 a cada megawatt-hora consumido pelos agentes.

Mesmo com esta alta volatilidade nos preços e encargos onerosos, não é incomum observarmos Shoppings Centers atendidos no mercado livre apresentarem um desempenho de economia superior à 30% quando comparado ao mercado cativo, o que traduzido em números resulta em mais de R$10M em redução de custo apenas em 2021 para os Shoppings atendidos em nossa carteira.

Mas como conciliar a aparente discrepância entre o aumento de preços no mercado e a redução de custo para o cliente final? Este resultado é fruto, dentre outros fatores, de:

Inteligência de mercado

Capaz de definir o melhor momento tanto de aquisição quanto de venda de energia, resguardando os resultados do cliente mesmo em cenários de preço estressados;

Monitoramento contínuo do faturamento energético

Com o objetivo de buscar pontos de atenção e melhoria, bem como evitando a propagação de quaisquer fatores que possam comprometer o benefício e suas vantagens.

Operações estruturadas

Customizadas para clientes do segmento que reduzem em mais de 25% o custo esperado por mês.

Produtos modulados

Capazes de se adaptar ao horário de consumo destes estabelecimentos e otimizam a operação de acordo com a sinalização de preço no mercado, gerando créditos na liquidação financeira ao agente;

Solução completa para o portfólio energético do cliente

Que vai desde energia elétrica até gás natural, com oportunidades de autoprodução que não só reduzem significativamente os encargos como torna a operação com energia mais lucrativa.

O Mercado Livre de Energia e o pós-pandemia

Mais do que oferecer oportunidades de redução de custos, o mercado livre de energia é uma forma de preservar o futuro das empresas, principalmente neste cenário pós-pandemia.

Um ambiente cada vez mais dinâmico, que demanda uma relação proativa com o consumo de energia e que permita movimentos assertivos para otimizar os custos e maximizar os ganhos.

A forte tendência no cenário mundial em prol do uso consciente dos recursos energéticos e pelo fomento de energia renováveis também encontra respaldo em um ambiente como o Mercado Livre de Energia, que permite ao consumidor ter a clareza da fonte de energia que é adquirida e inclusive se certificar pelo uso da energia renovável com selos reconhecidos internacionalmente.

Nos aproximamos ao fim de 2021 com um cenário desafiador, porém promissor, com a pandemia dando claros sinais de arrefecimento e vislumbrando a oportunidade de começarmos um novo ano construindo as bases para uma retomada saudável do crescimento econômico e, apesar da resiliência comprovada do setor, é preciso mais do que nunca uma gestão de energia eficiente para posicionar os empreendimentos de forma competitiva nessa retomada.

Conteúdo relacionado