A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) disponibilizou em junho o Anuário Estatístico de Energia Elétrica de 2022. O documento reúne os dados energéticos brasileiros mais relevantes, tendo por base o ano de 2021. Nele encontramos as principais fontes que geraram energia elétrica, além dos setores que mais consomem energia no Brasil.
A EPE, responsável pela pesquisa, presta serviço com seus estudos a fim de assegurar o desenvolvimento sustentável da infraestrutura energética do país. Por isso, é extremamente interessante estar atento aos dados a seguir, para planejar o consumo energético e futuras estratégias da sua companhia.
Será que o setor de sua empresa está dentro do Top 10 setores que mais consomem energia elétrica no Brasil? Fique tranquilo, ao fim disponibilizamos duas soluções inteligentes para reduzir esses gastos. Confira na leitura desse artigo.
Consumo de energia elétrica por região brasileira
O consumo total de energia elétrica no Brasil em 2021 foi de 497 terawatt-hora, segundo o Anuário, e esse número é 4,6% maior do que o de 2020. A região com a maior porcentagem é a Sudeste, abrangendo quase metade do consumo nacional. A seguir temos, a região Sul, Nordeste, Centro-Oeste e por último, Norte. Abaixo segue uma lista resumida:
O consumo residencial de eletricidade associado a população permite identificar também a intensidade de uso de energia por pessoa em cada unidade federativa ou região geográfica. Sendo assim, se você deseja ler mais detalhes, acesse a versão atual e completa desse documento, clicando aqui.
Consumo de energia elétrica por classe
O Anuário Estatístico da EPE também aponta quais são os setores que mais consomem energia elétrica. A atenção dada neste artigo vai especialmente para o setor industrial e comercial. Veja nos gráficos a seguir quais são as demais classes apontadas pela pesquisa e a quantidade de consumidores de cada um.
É importante destacar, que, apesar de ter um número de consumidores menor, a classe industrial é a que consome o maior volume de energia elétrica no Brasil. Isso acontece porque algumas atividades industriais são muito eletrointensivas, ou seja, precisam de muita energia para operar máquinas, por exemplo.
Já no caso do comércio, tomemos por exemplo os supermercados: esses estabelecimentos consomem mais energia elétrica por conta de refrigeradores e outros equipamentos, pois são usados 24h por dia para conservar os alimentos.
Top 10 setores industriais que mais consomem energia elétrica no Brasil
Dentre os setores que mais consomem energia elétrica no Brasil, o setor metalúrgico vem em primeiro lugar, com o consumo de 43.613 gigawatt-hora. Isso pode ser explicado, devido ao salto tecnológico dado pela indústria diante dos desafios da pandemia.
Além disso, também pode ser associar o consumo ao crescimento do índice de migração para o mercado livre de energia. Isso porque a migração auxilia na economia, e consequentemente, abre portas para o aumento na produção.
Ainda no consumo de energia elétrica pelo setor industrial, em segundo vem o setor de produtos alimentícios, com o consumo de 23.417 gigawatt-hora. O nível do consumo pode ser justificado pelo tamanho da indústria de alimentos e bebidas, que é a maior do nosso país. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor é responsável por 10,6% do PIB.
No entanto, por que ainda assim o setor metalúrgico vence no consumo energético? Isso se deve à característica intrínseca das atividades do setor metalúrgico, pois estas envolvem altas temperaturas e máquinas que exigem potências maiores para a produção de seus produtos.
Top 10 setores comerciais que mais consomem energia elétrica no Brasil
Agora no consumo comercial, temos o setor de varejo, liderando o consumo com 21.960 gigawatt-hora. Não é fácil para essas empresas reduzirem o consumo da energia, pois isso implicaria em uma diminuição da produtividade. No caso dos supermercados, por exemplo, teriam que reduzir o tamanho do estoque para não estragar os alimentos.
Enfim, diminuir o consumo é uma ação que sempre envolve muitos pontos negativos para esses negócios. Então, nós vamos citar algumas alternativas para reduzir custos com a conta de luz sem precisar reduzir o volume consumido.
Soluções para reduzir os custos com energia elétrica em sua empresa
a) Autoprodução de energia
Com essa solução, sua empresa tem a possibilidade de gerar a própria energia que consome. A vantagem aqui está em investir nas versões renováveis, como a energia eólica ou solar.
Um exemplo de utilização da energia solar para gerar economia, é montar fazendas solares. A geração elétrica feita através dessa fonte é propagada para a rede elétrica pública de distribuição, que passa a dar créditos de energia à sua empresa. Futuramente, você pode usar esses créditos para conseguir descontos na conta de luz.
Outra ação inteligente é a geração de energia por usinas de bioenergia. A partir delas, os resíduos da produção industrial podem abater custos na conta de luz, e ainda reduzir o valor de mais despesas, como com a destinação desses resíduos, por exemplo.
b) Migração para o mercado livre de energia
No mercado regulado se recebe os gastos na conta de luz calculados com base em tarifas pré-determinadas, mas no Ambiente de Contratação Livre isso é diferente. Você pode escolher livremente os fornecedores de energia elétrica e negociar volume, preço, prazo e indexação nos contratos de compra de energia.
Logo, tornando-se uma consumidora livre, sua empresa será capaz de prever o quanto sua empresa pagará com energia elétrica. Assim, haverá maior liberdade orçamentária para investir em outras áreas que seu empreendimento precisa para crescer, e consequentemente aumentar sua competitividade no mercado.
Se sua empresa recebe energia elétrica em média ou alta tensão ou possui demanda contratada igual ou maior que 500 kW, está autorizada a entrar no Ambiente de Contratação Livre, ou seja, há espaço para você! Então, se a conta de luz da sua empresa é maior ou igual a R$30 mil por mês, vale a pena checar a viabilidade de migração para o mercado livre de energia.
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