No Giro Energia: as comercializadoras de energia 4.0 em um novo modelo de gestão

ADM ECOM Energia
  • 18/09/2020
  • 4 min de leitura

Você já ouviu falar em comercializadoras de energia 4.0? O mais recente episódio do podcast Giro Energia, patrocinado e desenvolvido pela Ecom Energia, vai explorar um estudo elaborado pela consultoria Roland Berger sobre o cenário das mudanças pelas quais o setor passa. Em outras palavras, as comercializadoras deixam de ser vistas como compradoras e vendedoras de energia e passam a ser vistas como fornecedoras de soluções. Para falar sobre o tema conversamos com Ricardo Lima, um dos consultores que participaram de um estudo; Carlos Faria, o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia e Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia.

A sofisticação do mercado livre de energia, com os derivativos, o PLD Horário, o gás, está, de fato, criando novos produtos nas comercializadoras e fazendo com que os consumidores ganhem novas opções. Ou seja, a gestão será cada vez mais importante para quem negocia a energia e para quem compra. Isso cria oportunidades para os dois lados. “O mercado está mudando, sem dúvida, amadureceu. O PLD Horário, por exemplo, cria a necessidade de uma gestão muito mais sofisticada e impõe uma nova gestão de riscos para as empresas que compram e vendem. As comercializadoras precisarão saber gerenciar muito mais os riscos, terão de ter mais gestão financeira também. Esse cenário exigirá ainda mais proximidade do cliente com as comercializadoras, uma parceria mais estreita, que pode ser feita de dentro ou com tecnologia”, avalia Ricardo Lima.

Pandemia reforça necessidade de uma gestão de energia eficaz

A pandemia da COVID-19 fez com que as empresas buscassem, com mais ênfase, formas de reduzir seus custos, posto que a energia é um custo operacional cada vez mais relevante. Por isso, as instituições estão procurando novas soluções e profissionalizando a gestão de quem trata do assunto. Quem explica é o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia, Carlos Faria.

“A energia é um dos custos operacionais mais altos para as empresas. No início, só na migração, o mercado livre conseguia uma redução de 20%. Diminuir mais, nesse contexto com geração distribuída solar autoprodução, PLD, automação, deslocamento da demanda, armazenamento, baterias, exigirá muito mais. Além disso, os derivativos abrem contratos financeiros e poderão criar benefícios tributários. O consumidor pode ter esse produto a mais e é muito bem vindo para baixar o custo alto da energia. Isso então precisará de um relacionamento ainda mais estreito entre quem vende e quem compra” observa.

Novas oportunidades e novos desafios para as comercializadoras de energia 4.0

O mercado está deixando a adolescência e chegando à idade adulta. Isso cria a necessidade de as comercializadoras buscarem uma nova postura. A Ecom está se preparando para o universo das comercializadoras de energia 4.0 e novos produtos poderão ser criados em 2021, de acordo com o sócio da comercializadora, Paulo Toledo.

“Há uma transformação em curso. Nós, da Ecom, temos investido mais em digitalização. Inteligência artificial, big data. Esse é um mundo em que há muitas informações e você precisa saber usá-las para que o consumidor tenha o melhor pacote. Antes se via a venda e compra de energia, uma gestão mais simples. Agora se exigirá muito mais, como um pacote amplo com vários serviços que poderão ser oferecidos ao cliente. Novos produtos serão criados. Esses novos produtos poderão chegar em 2021. Os derivativos estão aí e o PLD Horário deve provocar novas demandas que exigirão novos produtos para gerenciar essas flutuações”, finaliza Paulo.

Sobre o que mais esses especialistas falaram no Giro Energia

Em resumo, pelas entrevistas pudemos ouvir que a pandemia não atrasou a agenda de modernização do setor elétrico. PLD Horário, derivativos, geração distribuída solar, storage estão sofisticando o mercado livre. De um lado, as comercializadoras terão de criar novos produtos e investir mais em digitalização. Terão de ser ainda mais fornecedoras de soluções. Por outro lado, os clientes terão de gerenciar melhor as novidades que deverão ganhar corpo a partir dos próximos meses. O mercado livre de energia poderá ganhar um forte impulso.

  • Quais novos produtos serão criados nos próximos meses?
  • Os clientes demandarão novas soluções mesmo?
  • O mercado está chegando mesmo à idade adulta?

As respostas para essas perguntas estão no Giro Energia! Ouça agora:

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